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Autoridades espanholas alertam para calor e risco extremo de incêndios

A partir de segunda-feira, uma depressão localizada a oeste da Península Ibérica deverá movimentar uma massa de ar muito quente do continente africano, o que provocará uma subida das temperaturas em Portugal e Espanha.
10 Julho 2022, 11h26

As autoridades espanholas colocaram, este domingo, 10 de julho, a ilha da Grande Canária sob aviso vermelho e partes do resto do país em laranja devido ao calor, que motivou também alertas para o risco extremo ou muito elevado de incêndios.

À semelhança de Portugal, Espanha enfrenta uma situação de tempo quente, com temperaturas superiores a 40 graus Celsius, e condições meteorológicas favoráveis para a eclosão de incêndios, que já atingiram a Galiza no sábado.

O aviso mais grave foi declarado na Grande Canária, com a Agência Estatal de Meteorologia espanhola (Aemet) a prever para hoje uma temperatura máxima de 41º C naquela ilha do arquipélago das Canárias, localizado a sul da Madeira, junto à costa africana.

Na região peninsular, a temperatura máxima prevista é de 42º em Badajoz, junto à fronteira com Portugal.

Os avisos laranja por causa do calor estão hoje em vigor nas regiões da Andaluzia, Castela-Mancha, Estremadura, Galiza, Comunidade de Madrid e algumas ilhas das Canárias.

A amarelo, estão Aragão, Castela e Leão, Catalunha, Comunidade de Navarra, La Rioja e partes das Canárias.

Face às previsões meteorológicas, a proteção civil espanhola colocou em risco extremo e muito elevado de incêndios florestais várias das regiões fronteiriças de Portugal.

Segundo a Aemet, citada pela imprensa espanhola, o calor é a consequência de um “anticiclone atlântico extenso e poderoso” centrado no sudoeste das ilhas britânicas, com uma massa de ar muito estacionária.

A partir de segunda-feira, uma depressão localizada a oeste da Península Ibérica deverá movimentar uma massa de ar muito quente do continente africano, o que provocará uma subida das temperaturas em Portugal e Espanha.

Face ao aumento do risco de incêndios, o Governo português declarou uma situação de contingência entre segunda e sexta-feira, de 11 a 15 de julho.

O aumento desse risco levou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa, a cancelarem deslocações aos Estados Unidos e a Moçambique, respetivamente, para acompanharem a situação dos incêndios em Portugal.

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