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É para avançar. Decreto sobre o muro com o México é assinado esta quarta-feira

O “muro grande e lindo” prometido por Donald Trump servirá para travar a entrada de imigrantes ilegais “que trazem as drogas, o crime e as violações” vindos do México.
25 Janeiro 2017, 11h59

O presidente norte-americano, Donald Trump, assina esta quarta-feira o polémico decreto que dará início à construção do muro na fronteira do país com o México. E ao que tudo indica esta será apenas a primeira medida de Donald Trump para limitar a entrada de imigrantes e reforçar a segurança nacional.

Ao longo da campanha presidencial, Donald Trump espalhou aos quatro ventos que, se fosse eleito presidente, construiria um “muro grande e lindo” para travar a entrada de imigrantes ilegais “que trazem as drogas, o crime e as violações” vindos do México. Agora que é oficialmente presidente, Donald Trump quer passar das palavras aos atos.

O discurso apenas mudou de tom no que toca a quem vai realmente arcar com os custos da empreitada. Se o Trump candidato dizia que seria o Governo do México a desembolsar os cerca de 25 mil milhões de dólares da construção do muro, o Trump presidente admite que estes podem vir a ser suportados, numa primeira fase, pelos contribuintes norte-americanos.

Até ao momento, a fronteira entre os Estados Unidos e o México – que tem uma dimensão de mais de 3.200 quilómetros – já tem mil quilómetros de muro. Segundo o ‘The New York Times’, cada milha (cerca de 1,6 quilómetros) do muro terá um custo estimado de 6,5 milhões de dólares e 4,2 milhões de dólares por milha adicionais para estradas e vedação. Sem contar com os custos de manutenção.

A agência Reuters dá conta ainda de que para este “grande dia” como lhe chama Donald Trump, na rede social Twitter, o presidente espera ainda vir a discutir a suspensão temporária da entrada de refugiados nos Estados Unidos, com a suspensão de vistos para cidadão provenientes da Síria, Iraque, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen. Esta restrição aplica-se a todos os refugiados, exceto para as minorias religiosas que estejam a fugir à perseguição.

Donald Trump quer também reverter o processo de desmantelamento da prisão de Guantánamo Bay, prometido por Barack Obama, e designar a Irmandade Muçulmana, do Egito, como organização terrorista.

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