A era de juros negativos ou muito baixos, perto de zero, levou a banca a apostar na Euribor a 12 meses no crédito à habitação, por norma a mais elevada entre os vários prazos, numa tentativa de atenuar o seu impacto. Com a inversão da política monetária, num processo de normalização realizado a uma velocidade sem paralelo na história dos bancos centrais para travar a escalada dos preços, o sector financeiro regressou à antiga estratégia: está a empurrar os clientes para a taxa a seis meses. Desta forma, consegue assegurar a concessão de crédito, já que a taxa é mais baixa, ao mesmo tempo que a subida dos juros passará a refletir-se mais rapidamente nas margens.
Até há alguns meses, a oferta de Euribor era parca: cingia-se ao prazo mais longo, a 12 meses, mas assim que o Banco Central Europeu começou a subir as taxas, com aumentos expressivos reunião após reunião, a oferta aumentou. O Jornal Económico (JE) simulou um pedido de crédito à habitação em oito bancos nacionais (os cinco maiores, mais o Banco Montepio, Bankinter e Banco CTT). Em mais de metade dos casos, apenas é possível escolher a Euribor a seis meses. É o caso da Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, BPI, Santander Portugal e Banco Montepio.
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