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Banca de investimento perdeu negócio em 2016

De acordo com o semanário Expresso, em 2016, o volume da banca de investimento ficou ao nível do alcançado em 2011, ano em que Portugal foi resgatado pela Troika.
4 Fevereiro 2017, 20h07

O mercado português registou, em 2016, uma quebra geral no volume de operações de banca de investimento, informa hoje o Expresso.

Segundo dados da consultora Dealogic, os negócios de fusões e aquisições e financiamento de empresas, através da emissão de ações ou dívida, caíram e em alguns casos, foram registados os valores mais baixos desde o ano da crise da dívida, em 2011, quando o Portugal pediu ajuda financeira à Troika.

De acordo com dados da consultora norte-americana avançados pelo Expresso, “o volume de fusões e aquisições desceu 40% para 3.468 milhões de euros em 2016 face ao ano anterior. A emissão de dívida caiu 7% para 14.872 milhões de euros. Já o financiamento através da emissão de ações desceu 7% para 634 milhões de euros, o mínimo desde 2011”.  As receitas com comissões da banca de investimento com este tipo de operações aumentaram 12% para 97 milhões de euros.

No ranking de banca de investimento no mercado português em 2016, o semanário revela que “a Haitong Securities liderou, com uma quota de 12%, destronando o Caixa Banco de Investimento que em 2015 tinha ficado na primeira posição, e ficou na segunda posição em 2016, seguido do JP Morgan”.

Nas operações de financiamento sindicado, o BNP Paribas liderou seguido pelo Crédit Agricole, com uma quota de 14,9% e 14,4%, respetivamente. Nas fusões e aquisições, o Haitong liderou o ranking, com uma quota de 24,4% das receitas, seguido pelo Citi e pelo Crédit Suisse. O Caixa BI lidera o ranking nas operações de emissão de obrigações, seguido pelo JP Morgan e pelo Société Generale.

Em termos de negócios, a maior operação de financiamento foi a compra da Logoplaste pelo grupo Carlyle por 570 milhões de euros em março. A maior emissão de obrigações foi realizada pelo IGCP, com a colocação sindicada de 4.000 milhões de euros em janeiro de 2016. A maior operação de fusão e aquisição, no valor de 924 milhões de euros, coube ao CaixaBank, pela compra do BPI. A maior colocação em Bolsa de ações, foi a venda de 5% da Galp pelo grupo Amorim, em setembro.

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