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Banca perde depósitos há 12 meses

Apesar do saldo negativo, as famílias portuguesas continuam a depositar mais de cinco mil milhões de euros por mês em aplicações com taxas de juro praticamente nulas.
13 Dezembro 2016, 13h23

A banca portuguesa continua a perder depósitos. O saldo destas aplicações está em queda há 12 meses consecutivos, período durante o qual as famílias portuguesas retiraram 3,5 mil milhões de euros de depósitos a prazo, para um total de 97,9 mil milhões. O pico foi atingido em março de 2012, quando os depósitos de particulares atingiram os 102,5 mil milhões de euros.

Apesar desta saída líquida de dinheiro depositado na banca nacional, a verdade é que as famílias portuguesas continuam a depositar mais de cinco mil milhões de euros por mês em novas aplicações a prazo. Em Outubro parquearam 5,2 mil milhões de euros, mais 65 milhões de euros face ao mês anterior, com uma taxa de juro média de 0,34%, o que representa um novo mínimo histórico.

A concessão de novo crédito a famílias e empresas segue em linha com a média mensal registada no último ano. Em Outubro, a banca nacional concedeu 456 milhões de euros em crédito à habitação, 1,4 mil milhões de euros a pequenas e médias empresas e cerca de mil milhões a grandes empresas. Apesar disso, o saldo de crédito continua em queda, o que significa que a banca continua a conceder menos financiamento do que o amortizado mensalmente.

As taxas de juro do crédito ficaram também praticamente inalteradas face a Setembro. A taxa de juro média para a compra de casa segue em 1,85%, enquanto a TAEG, que engloba todos os custos com excepção das vendas cruzadas, ficou em 2,84%. Já os custos dos empréstimos para as empresas até um milhão de euros aumentou ligeiramente, de 3,39% para 3,42%, enquanto a taxa de juro dos financiamentos acima de um milhão de euros subiu de 2,49% para 2,7%.

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