Banco central da Suécia sobe taxa de juro diretora em 50 pontos base para 3%

“A inflação está demasiado elevada e tem continuado a subir. Para que desça e se estabilize perto do objetivo num prazo razoável, a direção executiva decidiu subir a taxa em 0,5 pontos percentuais para 3%”, afirmou a instituição num comunicado.

1 – Suécia

O banco central da Suécia (Riksbank) anunciou hoje uma subida de 0,5 pontos percentuais das taxas de juro diretoras para 3%, um nível máximo em 15 anos, para combater a inflação e antecipar prováveis novos aumentos nos próximos meses.

“A inflação está demasiado elevada e tem continuado a subir. Para que desça e se estabilize perto do objetivo num prazo razoável, a direção executiva decidiu subir a taxa em 0,5 pontos percentuais para 3%”, afirmou a instituição num comunicado.

Tal como noutros países, a inflação na Suécia mantém-se em níveis elevados e em dezembro excedeu mesmo as expectativas, situando-se acima de 10%, principalmente devido aos preços da energia, embora, excluindo estes, se mantenha elevada “e em alta”.

“Os bancos centrais de todo o mundo têm sido rápidos a subir as taxas para fazer baixar a inflação. Até agora, a economia global tem-se mostrado relativamente resistente ao aumento dos preços e das taxas. Contudo, este ano, a atividade económica global irá abrandar. Isto, juntamente com o recente declínio acentuado dos preços da energia, deverá contribuir para um claro declínio da inflação no futuro”, acrescenta o Riksbank.

A direção do Riksbank também decidiu reduzir ativos a um ritmo mais rápido, vendendo obrigações do Tesouro nominais e títulos de longo prazo no valor de 3.000 milhões e de 500 milhões de coroas suecas (264 milhões de euros e 44 milhões de euros), respetivamente, por mês, a partir de abril.

Se as condições de mercado forem desfavoráveis, o Riksbank poderia alterar os volumes e as condições de tal venda, embora tenha excluído que se vá desfazer das obrigações do setor privado.

Desde que o Riksbank aumentou as taxas em abril passado para 0,25%, o primeiro aumento em dois anos e pela primeira vez em terreno positivo desde 2014, tem realizado várias subidas consecutivas, tal como outros bancos centrais.

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