O Banco de Inglaterra anunciou hoje um aumento da taxa principal em 50 pontos base para 4%. Este é o nível mais elevado em 14 anos.
A subida está ao nível do esperado pelos economistas. A luta contra a inflação continua, mas o novo aumento continua a colocar pressão nas famílias e empresas para pagarem os seus empréstimos.
A inflação atingiu os 10,5% em dezembro, recuando 0,2 pontos face a novembro.
Este é o décimo aumento consecutivo pelo comité de política monetária do banco central, presidido por Andrew Bailey.
As taxas estão agora no nível mais elevado desde outubro de 2008, quando o BoE começou a cortar as taxas em resposta à crise financeira mundial, recorda o “The Guardian”.
O comité votou o aumento por uma maioria de 7-2 para subir a taxa em 50 pontos. DOis dos membros (Swati Dhingra e Silvana Tenreyro) preferiam manter a taxa em 3,5%, em dezembro também defenderam um não aumento.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia britânica sofra uma contração de 0,6% este ano.
Porque é que o comité decidiu novo aumento da taxa? “A inflação dos preços globais ao consumidor continuam elevados, apesar de ser provável que tenham atingido o pico em muitas das economias avançadas, incluindo no Reino Unido”.
“Os preços dos combustíveis no retalho caíram recentemente e disrupções nas cadeias globais de abastecimento, aparentemente recuaram com o recuo global da procura. Muitos bancos centrais continuam a apertar a política monetária, apesar de os preços nos mercados indicarem reduções futuras nas taxas de juro”, segundo o BoE.
Em reação, o ministro das Finanças britânico disse que a “inflação é um imposto implacável que é a maior ameaça às condições de vida no período de uma geração, portanto apoiamos a ação do BoE para que consigamos cortar para metade a inflação este ano”, segundo Jeremy Hunt.