O Banco de Inglaterra decide esta quinta-feira, em mais uma reunião que irá definir a política monetária, se as taxas de juro de referência voltam a subir, com os analistas a estimarem um aumento de 50 pontos base.
Apesar de, em novembro, a instituição ter subido a taxa em 75 pontos base, que foi reduzida para 50 pontos base no mês seguinte devido a receios de uma recessão prolongada, o Comité de Política Monetária redobra esforços para enfrentar as pressões inflacionistas, que não dão sinais de quebra, segundo o “El Economista”.
“Embora a ata da reunião de dezembro parecesse abrir a porta a uma possível redução de 25 pontos base em fevereiro, a realidade é que os dados recentes têm estado relativamente em alta. O crescimento salarial permanece elevado, tanto em números oficiais como nos inquéritos comerciais do BoE. A inflação global foi ligeiramente inferior às previsões do Banco em novembro, mas o IPC dos serviços – considerado um melhor indicador da inflação interna – excedeu as expectativas”, de acordo com análise do economista James Smith da equipa do ING.
“Ainda assim, se houver uma caminhada de 50 pontos de base, é provável que seja a última. Os membros do BoE sugeriram que muito do impacto da subida das taxas do ano passado ainda não foi sentido, e que se estão a formar fissuras em partes da economia sensíveis às taxas de juro”, explica a equipa do ING liderada pelo economista James Smith, recordando que os “membros do BoE sugeriram que muito do impacto da subida das taxas do ano passado ainda não foi sentido, e que se estão a formar fissuras em partes da economia sensíveis às taxas de juro”.
A generalidade dos analistas admite ainda que a instituição suba as taxas em 25 pontos de base na reunião de março.