O Banco de Portugal realizou 174 ações de cooperação no ano passado, um máximo histórico, sendo 93% delas foram por via remota.
Como principais parceiros mantiveram-se os países de língua portuguesa, com 116 ações, seguidos dos países da União Europeia, com 32, e da América Latina e Caraíbas, com 19.
O balanço consta do Relatório Anual da Atividade de Cooperação de 2021, hoje publicado, que divulga a cooperação técnica do Banco de Portugal com os seus homólogos de países emergentes e em desenvolvimento, atividade que contribui para a consolidação da estabilidade monetária e financeira internacional.
Os temas mais abordados nas ações de cooperação desenvolvidas em 2021 relacionaram-se com estatística, supervisão e estabilidade financeira e recursos humanos, tendo ainda ganho relevo as iniciativas sobre alterações climáticas e digitalização.
“No período pandémico, os laços promovidos pela cooperação entre bancos centrais foram fundamentais, facilitando a partilha de informação e o diálogo institucional. A cooperação adaptou-se e transformou-se, tornando-se mais multilateral, mais digital, assente num modelo de ações realizadas sobretudo por via remota”, revela o Banco de Portugal.
O banco central salienta ainda que o relatório destaca algumas iniciativas, como o XXXI Encontro de Lisboa, dedicado à temática das alterações climáticas e do financiamento sustentável, a participação dos colaboradores dos bancos centrais lusófonos nas ações de formação da Academia do Banco de Portugal e a dinâmica acrescida das ações relativas à gestão de numerário e contrafação.
“É igualmente realçada a atividade de cooperação técnica em articulação com entidades externas e internacionais: a nível do Sistema Europeu de Bancos Centrais com países candidatos e potenciais candidatos e preparação de iniciativa com bancos centrais africanos; com o Fundo Monetário Internacional, no âmbito da sua agenda de capacitação institucional”, refere o comunicado.