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Banco de Portugal: estabilidade nos impostos é essencial para atrair investimento

O Banco de Portugal (BdP) alertou hoje para a importância da estabilidade fiscal e institucional como fator de atração de investimento. No Boletim Económico de inverno, o banco central considera que o país tem ainda reformas estruturais por implementar.
  • Cristina Bernardo
14 Dezembro 2016, 13h00

No documento, o BdP aponta para “vários constrangimentos estruturais” que estão a impedir um crescimento mais acelerado da economia portuguesa. O regulador destaca o elevado nível de endividamento da economia – famílias, empresas não financeiras e setor público –, a evolução demográfica desfavorável, o elevado nível de desemprego de longa duração e um ritmo de recuperação do investimento aquém do observado em recuperações anteriores.

“O impacto destes fatores tende a ser exacerbado no atual quadro de incerteza, a nível interno e externo. Neste contexto, é importante continuar a aprofundar o processo de reformas estruturais, aumentando os incentivos à inovação, à mobilidade de fatores e ao investimento em capital físico e humano, criando desta forma condições para um aumento sustentado da produtividade e do potencial de crescimento da economia”, considera o regulador.

O banco central sublinha ainda que, “num quadro de prevalência de níveis relativamente elevados de incerteza, a manutenção de um enquadramento institucional e fiscal previsível contribuirá para preservar a confiança dos investidores e assegurar um ambiente favorável ao investimento”.

Em termos de contas públicas, o BdP defende que “um esforço adicional de consolidação orçamental é crucial para que o nível de endividamento público apresente uma trajectória descendente sustentada e robusta a choques adversos”.

Na banca, o regulador entente que “as ações em curso de redução de vulnerabilidades específicas do setor bancário e financeiro” também contribuirão para a atractividade do país como destino de investimentos.

O esforço de redução do nível de dívida dos agentes económicos privados “deverá prosseguir de forma a  reforçar a resistência a choques que afetem a sua capacidade de servir a dívida”.

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