A subida das taxas de juro para combater a inflação podem levar os bancos centrais a apresentar prejuízos e o Banco de Portugal (BdP) não vai escapar da situação, revela o “Público” esta quinta-feira. É importante lembrar que durante vários anos que as taxas de juro se mantiveram num nível baixo.
Desde 1992 que o Banco de Portugal, agora governado por Mário Centeno e na altura Miguel Beleza, não apresenta prejuízos. Àquela data, Miguel Beleza apresentou um resultado negativo de 50 milhões de euros.
O “Público” noticia que os bancos centrais começaram a acumular milhares de milhões de euros dos títulos de dívida pública a taxas de juro fixas baixas a partir de 2015, que servia para injetar liquidez na economia e evitar a deflação. No caso do BdP, entre o final de 2015 e 2021, o balanço disparou para mais de 100 mil milhões de euros e os lucros ascenderam a 3,7 mil milhões de euros, com dividendos entregues ao Estado de 2,963 mil milhões de euros.
Se na altura, a dívida pública acumulada era vista como algo positivo, com as taxas de juro a subir, este passou a ser um problema a pesar nas contas dos bancos centrais, inclusive nas do Banco de Portugal.