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Bancos espanhóis e italianos brilham nos dividendos

Os bancos europeus estão a oferecer uma rentabilidade atrativa este ano, superando os 10% no caso do italiano Intesa San Paolo e os 8% nos espanhóis CaixaBank, BBVA e Sabadell.
  • Albert Gea/Reuters
27 Maio 2023, 17h00

A crise financeira internacional provocada pelo colapso do Silicon Valley Bank e pelo Credit Suisse não travou os bons resultados da banca europeia no primeiro trimestre, ajudados pelo ciclo de subida das taxas de juro que o Banco Central Europeu (BCE) iniciou no ano passado.

Os lucros da banca vão agora ser distribuídos pelos seus acionistas, com os bancos espanhóis e italianos a ocuparem os lugares de topo no pódio das instituições financeiras mais rentáveis, escreve o “Cinco Días” este sábado.

Os bancos europeus estão a oferecer uma rentabilidade atrativa este ano, superando os 10% no caso do italiano Intesa San Paolo e os 8% nos espanhóis CaixaBank, BBVA e Sabadell, avança o jornal, com base na estimativa da FactSet para 2023.

Elena Iparraguirre, analista da S&P Global Ratings que acompanha a banca espanhola, afirma que a remuneração aumentou. Em média, o chamado pay-out – percentagem dos lucros entregue aos acionistas – da banca na Europa passou de 35% em 2021 para 50% em 2022. Isto apesar dos avisos dos responsáveis do BCE.

Luis de Guindos, vice-presidente do banco central, lançou recentemente um alerta sobre a remuneração dos acionistas naquele que é um contexto de abrandamento da economia. O responsável pediu prudência e disse que o mais importante é que o sector tenha uma “posição de capital sólida”.

Apesar disso, Elena Iparraguirre, da S&P Global Ratings, considera que não há motivos para se concluir que o BCE vai endurecer a sua posição em relação ao pagamento de dividendos, escreve o “Cinco Días”.

Carlos García, da Mutuactivos, também defende que a atual incerteza económica não vai mudar os planos dos bancos relativamente à sua política de dividendos. “Pela primeira vez em anos, o sector está muito bem capitalizado e tem sido muito prudente nos últimos anos na concessão de crédito”, conclui.

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