[weglot_switcher]

Bancos fecharam 1620 balcões desde 2011

De acordo com os dados da Associação Portuguesa de Bancos, as regiões de Lisboa e do Porto foram aquelas que sofreram mais cortes.
23 Janeiro 2017, 09h27

Em Portugal, quase um balcão por dia viu as suas portas encerradas. Segundo os dados da Associação Portuguesa de Bancos (APB), divulgados em junho do ano passado, desde o fim de 2011 até essa data, os bancos portugueses fecharam 1620 balcões no país.

A região de Lisboa foi a mais afetada, de acordo com os números apresentados pelo “Jornal de Notícias”, esta segunda-feira. Ao que a APB indica, num período de cinco anos, passaram a existir 1023 balcões, sendo que anteriormente eram 1503. Ou seja, houve um corte de 480, que representa cerca de 32%.

O Porto também assistiu a uma quebra significativa nos balcões disponíveis. A ‘Cidade Invicta’ registou uma redução de 28,6%, mais concretamente, de 281 balcões num universo de 702. Apenas as duas regiões contabilizam quase metade (47%) das perdas de balcões em todo o país.

Nenhum distrito português teve cortes de mais de 30% no número de balcões de entidades bancárias. A este fenómeno se junta a diminuição de pessoal nos quadros. Desde o fim de 2011 e junho do ano passado, mais de dez mil trabalhadores terminaram as suas funções nos bancos portugueses.

Os novos métodos de pagamento eletrónicos são cada vez mais e mais diferenciados. A banca e os serviços financeiros tradicionais têm de adaptar-se a esta nova realidade e estão a fazê-lo. Tal como em outras matérias tecnológicas em que os portugueses primam por ser early adopters, o mesmo se passa com o universo dos pagamentos digitais, embora a adesão esteja a acontecer de uma forma mais gradual.

Mais otimistas ou mais cautelosos, uma coisa é certa: todos os ‘players’ contactados pelo “Jornal Económico” acreditam que o futuro dos pagamentos passa por novos métodos digitais. A limitar o desenvolvimento mais acelerado: uma rede multibanco sedimentada e multifacetada sem paralelo noutros países.

Em Portugal, Nilo Fonseca, presidente da ACEPI – Associação da Economia Digital, refere que cerca de 30% dos portugueses já compra online, gastando em média 1.190 euros, um valor aproximado da média europeia.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.