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Bancos impulsionam crescimento global de dividendos

Apesar de a tendência a nível global ser de aumento, os principais dividendos do Reino Unido caíram devido à desvalorização da libra, após o referendo de 23 de junho de 2016 ter dado vitória ao Brexit.
  • Mark Blinch/Reuters
21 Agosto 2017, 17h29

O crescimento global de dividendos disparou no segundo trimestre de 2017, graças à recuperação económica e aos pagamentos do setor bancário. As empresas destinaram aos acionistas entre abril e junho mais 7,2% da parcela de lucros obtidos em comparação com igual período do ano passado, representando o maior desempenho desde o final de 2015, segundo dados citados pelo Financial Times.

O relatório do Índice Global de Dividendos da Janus Henderson, uma entidade internacional que gere ativos no valor de aproximadamente 331 mil milhões de dólares (cerca de 280 mil milhões de euros), aponta o crescimento económico global “mais sincronizado” como uma das razões que mais contribuiu para o aumento dos dividendos durante o segundo trimestre do ano.

“A economia global está muito favorável aos lucros e aos dividendos das empresas no presente”, afirmou Alex Crooke, diretor de Global Equity Income da Janus Henderson, ao jornal britânico FT.

O relatório mostra ainda que as instituições financeiras representam metade do aumento trimestral registado nos dividendos globais das 1.200 empresas com maior capitalização bolsista do mundo em estudo. Os bancos contribuíram mais 9% para o crescimento dos dividendos em comparação com o período homólogo, contabilizando um total de 58,4 mil milhões de dólares (quase 50 mil milhões de euros).

“Depois de conseguirem reconstruir o capital para níveis com os quais os reguladores estão satisfeitos, o excedente está finalmente a ser investido no crescimento do negócio das empresas ou a ser devolvido aos acionistas”, explicou Crooke.

Apesar de a tendência ser de aumento, os principais dividendos do Reino Unido caíram 3,5% para os 32,5 mil milhões de dólares (27,6 mil milhões de euros). A queda terá ficado a dever-se à desvalorização da libra esterlina face ao dólar, logo após o referendo de 23 de junho de 2016 ter dado vitória ao Brexit.

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