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Bancos promovem venda de vinhos, diamantes e terços a crédito

A Caixa Geral de Depósitos e outras instituições financeiras enviaram um catálogo de jóias para os clientes pagarem a crédito, com juros que podem atingir os 17,3%.
  • Caixa Geral de Depósitos
31 Outubro 2016, 09h20

O Natal aproxima-se para as entidades bancárias. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a propor a um vasto número de clientes o investimento numa coleção de diamantes, como sugestão de presente futuro.

Ao que o “Público” apurou, o banco público apostou na promoção de brincos, anéis e colares com um custo total de 6.575 euros, cujo pagamento tem de ser obrigatoriamente feito através de cartões de crédito da CGD.

Esta campanha está a ser promovida no site do banco e deverá estar a ser enviada através de outras plataformas. A prática não é recente, mas algumas instituições financeiras abandonaram a venda destes produtos durante a crise.

Associadas ao crédito ao consumo, estas vendas têm taxas de juro variáveis e elevadas, conforme escreve o “Público”, esta segunda-feira. A taxa anual efetiva geral (TAEG) chega aos 17,3% para 12 meses e, para quatro meses, 15,2%.

O pagamento fracionado pode chegar a 48 meses. Ou seja, a venda de um anel com cinco diamantes custa 1.995 euros no momento da compra e, no final do crédito, fica em 2616,48 euros.

Numa mensagem enviada por email, refere-se que “em alturas como a que vivemos, em que as oportunidades de investimentos sem risco escasseiam”, a sugestão dos diamantes pode ser uma oferta de valor intemporal que se materializa “numa pedra valiosa, criada ao longo de milhares de anos e com capacidade para guardar e acumular valor, passível de ser transmitido de geração em geração”.

Questionada sobre o lançamento de alguma campanha a propósito do Dia da Poupança, que se assinala esta segunda-feira, fonte oficial da CCD respondeu ao jornal que “não”.

No que diz respeito a outras instituições, o Millennium BCP tem uma oferta variada no “Shopping” como moedas, barras de ouro, terços Siza Vieira (2.950 euros se for em ouro), corações de Viana em filigrana, entre outros. O BPI tem uma seção de “Produtos Prestige” que promove vinhos, champanhe, jóias e o Livro Sporting (com um custo de 2259 euros). Já o Novo Banco e o Santander Totta abandonaram esta prática.

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