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Barragens da Iberdrola no Tâmega vão ser inauguradas na segunda-feira (com áudio)

Até ao momento, estão finalizadas duas das três barragens da Iberdrola e a maioria da potência. Inauguração oficial vai ter lugar no dia 18 de julho.
15 Julho 2022, 05h30

O complexo de barragens no Tâmega vão ser inauguradas na próxima segunda-feira, 18 de julho. No início deste ano, a Iberdrola tinha ligado à rede elétrica a primeira das três barragens – Gouvães com 220 megawatts (MW). Mais recentemente, ligou a de Daivões com uma potência de 880 MW.

A inauguração oficial do projeto vai ter lugar em Ribeira de Pena, distrito de Vila Real, contando com a presença do primeiro-ministro António Costa e do presidente da Iberdrola Ignacio Galan, apurou o JE.

Já a central do Alto Tâmega, com uma capacidade de 160 megawatts, só entra em operação mais tarde, a partir do próximo ano.

Quando estiver totalmente concluído, o complexo do Tâmega terá capacidade para produzir 1.766 GWh por ano, o suficiente para satisfazer as necessidades energéticas dos municípios vizinhos e das cidades de Braga e Guimarães (440.000 famílias). Este complexo vai ter uma potência de 1.158 megawatts (MW) no rio Tâmega, afluente do Douro, distrito de Vila Real.

A Iberdrola vai investir um total de 1.500 milhões de euros para construir o sistema eletroprodutor do Tâmega, que vai aumentar em 6% a potência instalada em Portugal.

“Esta grande infraestrutura renovável terá capacidade de armazenamento suficiente para servir dois milhões de lares portugueses durante um dia inteiro e contribuirá para os objetivos de descarbonização e independência energética estabelecidos pelo Governo português. Em 2024, com a entrada em funcionamento do Alto Tâmega, estará concluída a construção da instalação”, segundo informação divulgada anteriormente pela elétrica.

A empresa espanhola refere-se a este projeto como gigabateria: “A gigabateria do Tâmega vai fornecer 880 MW de capacidade de bombagem ao sistema elétrico português, o que implicará um aumento de mais de 30% face aos megawatts de bombagem atualmente disponíveis no país vizinho”.

“As centrais de bombagem constituem uma salvaguarda para o sistema elétrico, pois permitem o armazenamento de energia elevando a água de uma albufeira inferior para outra situada mais acima. Isso significa que uma grande quantidade de eletricidade pode ser gerada rapidamente, turbinando a água que desce para a albufeira inferior. E tudo isto sem gerar nenhum tipo de emissão poluente para a atmosfera”, segundo a empresa.

“A energia excedente em períodos de baixo consumo é utilizada para bombear água de uma albufeira inferior para uma superior, obtendo energia de alta qualidade que pode ajudar a suprir as necessidades do mercado nos horários de maior procura. Desta forma, a tecnologia hidroelétrica de bombagem é fundamental para garantir a estabilidade do sistema elétrico face à intermitência de outras fontes de energia renováveis, como a eólica ou a solar fotovoltaica, que são chamadas a desempenhar um papel fundamental na transição energética que levará à descarbonização da economia”, pode-se ler num comunicado divulgado este ano.

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