O BBVA obteve lucros de 6.420 milhões de euros no conjunto do ano passado, o que representa um aumento de 38% face ao ano anterior e o resultado mais elevado de sempre, num período em que registou um crescimento de dois dígitos da margem financeira. Perante estes números, o banco espanhol vai distribuir o maior dividendo dos últimos 14 anos.
“2022 foi um ano de crescimento para o BBVA. Alcançámos o maior lucro de nossa história, com forte expansão do crédito e com grandes avanços na nossa estratégia, focada em digitalização, inovação e sustentabilidade”, disse o presidente do grupo, Carlos Torres, esta quarta-feira, citado pelo “El Economista”.
Os lucros foram sustentado pelo crescimento de 18,2% da margem bruta, para 24.890 milhões de euros, num ano de forte crescimento do crédito e de contínuas subidas das taxas de juro nas várias geografias. Neste período, o crédito cresceu 13,3%, com o banco a captar mais de 11 milhões de novos clientes, na sua maioria através dos canais digitais.
Entre os mercados onde opera, o negócio no México e em Espanha impulsionaram as contas da instituição financeira. Enquanto o primeiro – o principal motor dos resultados – gerou um lucro de 4.182 milhões – o que representa um crescimento de 64% -, o segundo obteve 1.678 milhões, mais 8,4% face ao ano anterior.
Estes números permitiram alcançar uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE, na sigla em inglês) de 14,6% no conjunto do ano passado. Quanto aos rácios de capital, o CET1 situou-se em 12,61%, acima de meta do banco entre 11,5% e 12%.
Perante estes resultados, o banco afirma que destinará “mais de 3.000 milhões de euros para aumentar de forma significativa o dividendo a pagar este ano”, ou seja, vai distribuir 47% dos lucros reportados em 2022. Será o maior dividendo em dinheiro dos últimos 14 anos.
O BBVA afirma que vai distribuir um dividendo extraordinário de 31 cêntimos por ação em abril, que se soma aos 12 cêntimos pagos em outubro passado. No total, pagará 43 cêntimos por ação. Além disso, também vai avançar com um nova recompra de ações no valor de 422 milhões.
