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BCE corta projeções. PIB da zona euro deve crescer 1,9% este ano e 1,7% em 2019

Mario Draghi referiu que o ‘momentum’ do crescimento está mais lento, e alertou sobre riscos negativos como a ameaça do protecionismo, vulnerabilidades nos mercados emergentes e volatilidade nos mercados financeiros.
13 Dezembro 2018, 13h54

O Banco Central Europeu (BCE) cortou esta quinta-feira em ligeira baixa as previsões para a expansão económica na zona euro este ano e em 2019, com Mario Draghi a salientar que apesar da procura interna continuar a suportar a retoma, os riscos estão mais negativos e há um ‘momentum’ mais lento no crescimento.

O banco central espera agora que a economia da moeda única cresça 1,9% este ano (face aos 2% que esperava em setembro) e 1,7% em 2019 (o que compara com a anterior previsão de 1,8%, afirmou presidente do BCE,  em conferência de imprensa após a reunião de política monetária do Conselho de Governadores.

Para 2020, o BCE prevê uma expansão de 1,7%, desacelerando no ano seguinte para 1,5%.

“Os últimos dados e resultados de sondagens foram mais fracos que esperados refletindo uma contribuição decrescente da procura externa e alguns fatores específicos a países e setores. Enquanto alguns destes fatores poderão atenuar, isto poderá também sinalizar algum momentum de crescimento mais lento no próximo ano”, explicou Draghi.

O italiano salientou que, do lado positivo, a procura interna (apoiada pela política monetária acomodatícia, continua a apoiar o crescimento e que a pujança do mercado de trabalho está a impulsionar o consumo privado.

Draghi referiu que os riscos que rodeiam as perspetivas de crescimento da zona euro são geralmente equilibrados, mas alertou que, no entanto, “a balança dos riscos está a pender para o lado descendente devido à persistência de incertezas relacionadas com fatores geopolíticos, a ameaça do protecionismo, vulnerabilidades nos mercados emergentes e volatilidade nos mercado financeiros”.

Inflação em desaceleração

O presidente do BCE recordou que a inflação na zona euro travou para 2% em novembro, de 2,2% em outubro, refletindo principalmente um declínio na inflação da energia.

“Com base no futuros dos preços do petróleo, é provável que a inflação irá diminuir nos próximos meses”, sublinhou. Em relação à inflação subjacente, Draghi disse que deverá aumentar no médio prazo, suportada pelas medidas de política monetária, a expansão económica e o aumento dos salários.

Draghi salientou que o BCE está confiante na convergência em direção à meta de uma inflação abaixo, mas perto de 2% no médio prazo. No entanto, o banco central alterou ligeiramente as previsões: para 1,8% este ano (face à anterior previsão de 1,7%) e, em sentido contrário, para 1,6% em 2019, abaixo da anterior previsão de 1,7%.

[Atualizada às 14h18]

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