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BCE quer que bancos europeus assegurem segurança dos trabalhadores face à propagação do coronavírus

“Os preparativos para a segurança dos funcionários e a continuidade dos negócios devem incluir a consideração dos principais riscos associados a uma potencial pandemia”, lê-se na carta enviada pelo BCE de Christine Lagarde aos bancos da zona euro.
  • Reuters
6 Março 2020, 11h24

O Banco Central Europeu (BCE) está a seguir de perto a propagação do novo coronavírus (Covid-19) e possíveis riscos para o setor da banca e, por isso, o líder do Conselho de Supervisão do organismo, Andrea Enria, enviou uma carta às instituições bancárias da União Europeia pedindo que tenham em conta nos seus planos de contingência o risco potencial de uma pandemia e que identifiquem um responsável por cada instituição financeira.

“Os preparativos para a segurança dos funcionários e a continuidade dos negócios devem incluir a consideração dos principais riscos associados a uma potencial pandemia”, lê-se na carta a que o Jornal Económico teve esta sexta-feira acesso, 6 de março.

O BCE elenca oito recomendações à banca europeia. apelando principalmente à revisão dos planos de contingência e criação de ações que possam minimizar possíveis impactos decorrentes da propagação do Covid-19.

A missiva indica que os bancos poderão ter de encontrar soluções para manter a sua operacionalidade se os trabalhadores não puderem efetuar as tarefas habituais, por estarem doentes ou terem de cuidar de familiares.

Por isso, o supervisor da banca na UE insta as instituições a criar medidas “adequadas de controlo de infeções no local de trabalho” e pede que avaliem a hipótese de haver “espaços alternativos para o risco de haver uma pandemia” e que testem “com urgência” se podem operar remotamente e em larga escala.

O BCE quer que os bancos verifiquem a capacidade tecnológica da instituição, prevenindo um hipotético aumento de ataques cibernéticos no setor e de uma maior dependência potencial dos serviços bancários remotos.

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