O Banco Central Europeu atualizou esta quinta-feira as suas projeções macroeconómicas para este ano e os próximos, apontando a uma taxa de crescimento em 2022 de 3,1%, que depois cai para 0,9% em 2023. Já a inflação deverá chegar aos 8,1% em 2022, recuando para 5,5% no próximo ano.
O BCE havia projetado em junho um crescimento de 2,8% este ano, que deveria abrandar para 2,1% nos dois anos seguintes, e uma taxa de inflação a chegar aos 6,8% em 2022.
O banco reconhece que a atividade económica deverá abrandar na segunda metade do ano, deixando mesmo a porta aberta a trimestres de estagnação no final de 2022 e arranque de 2023, dado o peso da crise energética na zona euro e a incerteza causada pela situação geopolítica no leste europeu.
Outro efeito que deverá pesar na performance económica da moeda única é a normalização da política monetária em curso, que conheceu novo capítulo esta quinta-feira com a maior subida dos juros na história do euro. As taxas diretoras subiram 75 pontos base (p.b.), com o BCE a sublinhar o peso da inflação nesta decisão.
O peso da evolução dos preços na economia, bem como a perspetiva de um corte no fornecimento de gás natural russo este inverno, deterioraram significativamente as perspetivas económicas no bloco da moeda única, deixando antecipar cortes nas projeções para o crescimento atualizadas agora. Ainda assim, o crescimento no segundo trimestre foi acima do esperado, chegando aos 0,8% em cadeia, ou seja, 4,1% em termos homólogos, segundo a leitura do Eurostat divulgada esta quarta-feira.
[Notícia atualizada às 13h27]
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