[weglot_switcher]

BCE sugere concertação bancária para evitar erros cometidos durante a crise

A presidente do Conselho de Supervisão do BCE, Daniele Nouy, sustenta que há bancos a mais para dar resposta às necessidades dos clientes e é preciso encorajar a fusão entre diferentes entidades, tanto nacionais como transnacionais.
27 Setembro 2017, 11h20

A presidente do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE), Daniele Nouy, ​​afirmou esta quarta-feira que o setor bancário europeu cresceu muito nos últimos anos e que “há demasiadas instituições bancárias concorrentes para os clientes”. Daniele Nouy insiste na necessidade de se proceder a fusões no setor para não se cometeam os mesmos erros verificados durante a crise europeia.

Há bancos a mais para dar resposta às necessidades dos clientes, apesar de o setor bancário ter sido reduzido após a crise financeira na Zona Euro, sustenta a presidente do Conselho de Supervisão do BCE. “No geral, o sistema bancário europeu tornou-se muito grande, o que prejudica não só os bancos como toda a economia”, explicou.

Daniele Nouy dá conta de que há situações em que os diferentes bancos da zona euro não conseguem sequer ganhar o seu custo de capital. Quer isto dizer que grande parte dos bancos não consegue uma taxa de retorno suficiente dos seus investimentos para manter o valor de mercado.

No entanto, a líder de supervisão do BCE acredita que “há uma boa hipótese de que o setor bancário se reduza”. Daniele Nouy indica que o Mecanismo Único de Resolução (MUR), que visa assegurar a resolução ordenada dos bancos em situação de insolvência com custos mínimos para os contribuintes e para a economia, conseguiu bons resultados com a falência do Banco Popular e os bancos italianos Banca Populare de Vicenza e Veneto Banca.

“O MUR passou o primeiro teste quando três grandes bancos faliram. Esses casos foram tratados com eficiência e eficácia”, afirmou Daniele Nouy, advertindo que é preciso encorajar a fusão entre diferentes entidades, tanto nacionais como transnacionais.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.