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BE defende alterações no PEC em vez de descida da TSU

Bloco de Esquerda defende que existem medidas mais urgentes e com maior impacto que a descida da TSU.
23 Janeiro 2017, 15h56

A coordenadora do BE, Catarina Martins, sustentou que seria mais desejável para a economia nacional combater os custos da energia e alterar política do pagamento especial por conta (PEC) em vez de descer a TSU (Taxa Social Única).

“Não aceitaríamos uma medida como a redução da TSU, que tende a promover salários baixos quando em Portugal do que precisamos é de salários mais dignos para toda a gente”, disse Catarina Martins aos jornalistas à margem de uma visita à urgência do Hospital de S. João da Madeira, citada pela Lusa.

A descida da TSU foi aprovada em concertação social bem como o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) de 530 para 557 euros. Contudo, Catarina Martins defendeu que existem medidas mais urgentes que a descida da taxa.

“Há com certeza medidas que têm muito mais impacto na vida das empresas e que são precisas para que haja emprego, até porque os salários em Portugal são infelizmente tão baixos que os custos gerais do trabalho para as empresas não pesam assim tanto – pesa muito mais a fatura da energia, os juros do financiamento bancário e, nas empresas muito pequenas, o pagamento especial por conta”, advogou a coordenadora do BE.

Catarina Martins apelou a que o executivo mexa “no sistema financeiro, que tem abusado da economia produtiva” com vista à proteção do emprego e da produção nacional, argumentou. Apelou ainda a alterações na energia.

“Podemos seguramente mexer na energia, porque as grandes energéticas exigem rendas abusivas e com isso estão a prejudicar o todo da economia, e podemos seguramente mexer na política fiscal, porque permitimos o planeamento fiscal abusivo – ou seja, a fuga de impostos das grandes empresas – ao mesmo tempo que exigimos de mais das pequenas empresas, com o pagamento especial por conta”.

A coordenador do BE comentou ainda a entrevista de Marcelo Rebelo de Sousa à SIC, dizendo que “o Presidente da República foi, como tem sido até agora, de apoio ao Governo. Tem sido dialogante com a função que existe de maioria parlamentar e veio reafirmar aquilo que tem dito”.

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