O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a autarquia de Lisboa assinaram o contrato relativo à última parcela de 90 milhões de euros de um empréstimo-quadro de 250 milhões, concedido ao abrigo do Plano de Investimento para a Europa, com o objetivo de melhorar a regeneração urbana na cidade. Além de ter um forte foco na inclusão social, o projeto também ajudará Lisboa a combater as alterações climáticas.
Em comunicado, a instituição diz que “parte do apoio financeiro do Banco da UE será canalizado para a modernização do sistema municipal de drenagem e contribuirá para reforçar a resiliência de Lisboa às alterações climáticas, melhorando a sua capacidade de resposta a fenómenos meteorológicos extremos, como inundações e tempestades”.
O empréstimo do BEI beneficia de uma garantia do orçamento da União Europeia.
Eleva-se para 48 o número de projetos e acordos de financiamento assinados em Portugal ao abrigo do Plano de Investimento para a Europa, com um financiamento total de 4 mil milhões de euros, que deverá mobilizar mais de 13,5 mil milhões.
“O projeto financiado por este empréstimo-quadro do BEI terá um impacto positivo direto na vida das pessoas que residem e trabalham em Lisboa”, realça o BEI que adianta que “abrange infraestruturas urbanas em determinadas áreas da cidade com vista a melhorar a qualidade dos espaços públicos e a concluir a reabilitação da zona ribeirinha da capital portuguesa”.
O vice-presidente do BEI, Ricardo Mourinho Félix, diz na nota que “o investimento no desenvolvimento sustentável das cidades contribui para criar um ambiente menos poluído e mais agradável para as populações urbanas”.
“O empréstimo de 90 milhões de euros para o município de Lisboa ajudará a cidade a combater as alterações climáticas e a preparar-se melhor contra eventos climáticos severos, como inundações e tempestades”, refere.
“Este financiamento da UE surge numa altura em que as cidades se deparam com vários desafios fundamentais e o BEI orgulha-se de fazer parte da solução, com benefícios visíveis e tangíveis para os cidadãos de Lisboa hoje, mas também para as gerações futuras”, conclui Mourinho Félix.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, é citado a dizer que “o apoio do BEI vai permitir-nos desenvolver um dos projetos mais críticos na nossa cidade para mitigar uma das mais sérias consequências das alterações climáticas: as inundações. Queremos reforçar a parceria estratégica do Município de Lisboa com o BEI em áreas tão decisivas como a sustentabilidade e ação climática, economia azul, inovação e habitação social”.
No comunicado, o Comissário Europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, refere que “as condições meteorológicas extremas estão a causar morte e destruição em Portugal e em muitas outras partes da Europa neste verão e que são um lembrete gritante da necessidade urgente de ação para mitigar o crescente impacto das alterações climáticas. Aumentar a resiliência climática das nossas cidades é uma prioridade fundamental e este último apoio da UE a Lisboa é particularmente importante neste contexto”.
O Plano de Investimento para a Europa constitui um dos pilares da estratégia da Comissão Juncker para apoiar os investimentos e relançar o crescimento e o emprego na Europa.
“O BEI, enquanto parceiro estratégico da Comissão, pode assim apoiar projetos inovadores e de maior risco”, salienta a instituição.
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