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Bergkamp, o holandês que sempre se recusou a voar

Dennis Bergkamp foi um dos maiores talentos do futebol mundial e tornou-se também o rosto mais visível da designada aerofobia.
30 Novembro 2016, 16h39

A fobia a andar de avião atrapalhou boa parte da carreira do holandês que se notabilizou ao serviço o Arsenal. Ao serviço da Seleção holandesa, Bergkamp viajou de navio para disputar o Mundial dos EUA em 1994 e dois anos depois, em França, não se deslocou uma única vez de avião.

Num livro em que Bergkamp relata esta fobia, Dennis explica que foi no tempo em que jogou em Milão (pelo Inter) que este desconforto se tornou em algo mais sério: “Aquilo (voar) fez-me sentir tão mal que eu comecei a desenvolver uma aversão que de uma hora para a outra instalou-se em mim: ‘Não quero mais fazer isto”.”O medo apanhou-me de tal forma que eu olhava para o céu para ver o tempo durante os jogos fora de casa. As nuvens começavam a juntar-se? Algumas vezes ficava preocupado com o voo de regresso enquanto estava a jogar. Era um inferno. Voei muitas vezes em aviões grandes, pequenos, minúsculos. No Ajax, uma vez voei num avião pequeno sobre o Monte Etna, perto de Nápoles, quando apanhámos uma terrível bolsa de ar. Vi aquilo tudo e, simplesmente, decidi que nunca iria voar novamente. Nunca”, lembra o holandês.

Assim, quando trocou a Inter pelo Arsenal, em 1995, o holandês já havia prometido que nunca mais voava outra vez e sabia que isso poderia provocar diminuições nas suas propostas salariais.

“Nas negociações com o Arsenal, se eu dissesse ‘um milhão’, eles automaticamente subtraíam cem mil ‘porque tu não voas’. E eu aceitei isso”, disse.

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