A Beta-i, em parceria com a European Accelerators Network, a Startup Europe e a Fundação Calouste Gulbenkian, apresentou um Relatório Europeu sobre Aceleração, com base num inquérito feito a mais de 60 startups, incluíndo o 500 Startups e o Tech Stars.
Este documento foi produzido tendo em conta a partilha de informação ao longo de todo o ecossistema de aceleradores europeus, de forma a permitir visibilidade sobre as últimas tendências e desafios encarados pela indústria. O principal foco deste relatório é o apoio ao crescimento deste setor.
Ricardo Marvão, co-fundador & Head of Global Resources da Beta-i, defende: “Apesar de sermos todos representantes de organizações diferentes, concorrentes até, temos uma responsabilidade para com o ecossistema como um todo. Assim, é benéfico que todos sejam capazes de desenvolver os melhores aceleradores possíveis, melhorando os nossos programas e dando apoio da mais alta qualidade às nossas startups”.
Edite Cruz, coordenadora do projeto na aceleradora salienta: “Acreditamos que a indústria de aceleração é essencial a qualquer economia que queira alavancar o empreendedorismo de base tecnológica. A aceleração é uma indústria em rápido crescimento, de grande impacto, e de cariz global, mas é relativamente nova, e desconhecida para a maioria”, acrescentando que “ao examinar o atual panorama, podemos não apenas criar uma base uniforme de informação, mas também começar a olhar mais além, contemplando o futuro desta indústria e tentando prever o que nos espera”.
O relatório é resultado de diversas considerações retiradas do evento, de entrevistas, investigação e um estudo levado a cabo junto dos aceleradores. Identifica tendências dominantes, desafios e oportunidades no campo da aceleração, de forma a permitir uma compreensão global de toda a indústria.
Na sequência da informação recolhida, é possível antecipar algumas tendências, como a probabilidade dos aceleradores passarem a trabalhar, cada vez mais, diretamente com clientes corporativos, de forma a ajudar na sua relação com o universo das startups, mas também nos seus processos internos de inovação, formando intrapreneurs de acordo com as metodologias do ‘tipo startup’.
Associada a este facto, a internacionalização vai manter-se como uma tendência forte, sendo esperado que as organizações que geram programas de aceleração se tornem, cada vez mais, também investidores nas startups que ajudam a acelerar e espera-se que a educação se torne numa das maiores áreas de aceleração, à medida que as universidades procuram respostas mais efetivas para educar na óptica do empreendedorismo.
De forma a apoiar a aceleração, a nível europeu, a aceleradora de startups publicou, ainda, um anexo denominado de Desafio e Recomendações, onde se descobre que os aceleradores possuem potencial para fazer ainda mais pelo ecossistema.
“Foram identificadas algumas diferentes áreas de intervenção, como a Colaboração Transnacional, Colaboração Empresas/ Startups, Políticas Públicas ou Educação. A aceleração é uma ferramente poderosa e em expansão, e acreditamos que estes documentos adiantam propostas chave e sugestões que nos podem ajudar a potenciar a aceleração no espaço europeu, para permitir uma economia de startups mais robusta”, encontra-se em comunicado.
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