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Biden anuncia pacto entre EUA, Reino Unido e Austrália para criar armas hipersónicas

Esta é a resposta do presidente dos Estados Unidos para fazer frente à expansão tecnológica da China ao nível das suas armas.
5 Abril 2022, 17h07

O presidente dos Estados Unidos anunciou a criação de um pacto de segurança trilateral em conjunto com o Reino Unido e a Austrália para ajudar a combater o desenvolvimento tecnológico de armas da China, revela o “Financial Times”, esta terça-feira, 5 de abril.

A China realizou várias centenas de testes de mísseis hipersónicos, que voam a uma velocidade cinco vezes superior à velocidade do som, tendo no ano passado testado uma arma hipersónica que voou ao redor da Terra e que foi impulsionada para o espaço através de um foguete.

Esta arma conhecida como veículo planador hipersónico disparou um projétil enquanto sobrevoava o Mar da China, algo que deixou surpreendidos os cientistas militares do Pentágono, pelo facto da China ter superado algumas das restrições das leis da física que tornam difícil disparar um míssil de uma arma que se desloca aquela velocidade.

“A capacidade de identificar, rastrear e nos defender-mos contra estes [mísseis] hipersónicos é realmente a chave”, referiu John Aquilino, chefe do comando Indo-Pacífico, numa entrevista ao “Financial Times”, dois dias antes das reuniões com autoridades australianas de segurança e inteligência em Pine Gap, uma base ultrassecreta de inteligência por satélite administrada em conjunto pela CIA e a Austrália.

Os mísseis hipersónicos representam um problema para os EUA porque podem ser dirigidos em voo a velocidades elevadas, ao contrário dos mísseis balísticos que seguem uma determinada trajetória que os torna mais fáceis de interceptar.

O sistema que a China testou no ano passado possibilitou o envio de armas hipersónicas pelo pólo sul, criando outro problema para as defesas antimísseis dos EUA destinadas a ameaças de mísseis provenientes do pólo norte.

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