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Biden declara estado de calamidade no Texas depois de vaga de frio dos últimos dias

O maior estado norte-americano tem sido assolado por temperaturas baixíssimas que causaram forte problemas no abastecimento de água e eletricidade que levaram agora à declaração do estado de calamidade.
  • Charlie Neibergall
20 Fevereiro 2021, 16h33

A vaga de frio que assola grande parte do Texas e de estados vizinhos como o Oklahoma obrigou o presidente Biden a declarar esta sexta-feira o estado de calamidade na região, permitindo a canalização de milhões de dólares para a ajuda nas operações de limpeza e recuperação depois dos estragos causados por temperaturas que chegaram aos -18ºC.

Num comunicado da Casa Branca, a nova administração dos EUA faz saber que disponibilizará linhas de apoio para reparações nas casas afetadas que não estivessem cobertas por um seguro, bem como para alojamento temporário e para pequenas empresas. O presidente já havia dito que visitará a área, mas apenas quando a sua presença não colocar entraves ou distrações aos esforços de socorro.

Grande parte do Texas sofreu graves disrupções no fornecimento de eletricidade e água, dado que a construção na região não está preparada para suportar estas temperaturas extremas. Em resultado disso, a rede elétrica cedeu à sobrecarga causada pelo aumento de procura, enquanto que nalgumas cidades, incluindo Houston, vários canos congelaram ou romperam mesmo.

Apesar da energia ter já regressado em boa parte do estado, de acordo com a BBC, cerca de 3,3 milhões de pessoas estariam ainda sem eletricidade esta sexta-feira, depois de pelo menos 13 milhões terem experienciado algum tipo de problemas com o abastecimento de água. Pelo menos 69 mortes foram atribuídas à vaga de frio, reporta a AP.

O preço do petróleo tem sofrido com a tempestade, caindo com preocupações quanto aos efeitos do mau tempo na produção do bem no estado com mais importância na indústria norte-americana. O portal Investing reporta que entre 2 e 4 milhões de barris diários de crude WTI foram afetados, reduzindo a capacidade produtiva do país temporariamente. O petróleo vem caindo 2,45% na sua cotação nos EUA, valendo agora 59,04 dólares (48,72 euros), enquanto que o Brent vai perdendo 1,89% para os 62,72 dólares (51,76 euros).

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