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Bienal de São Paulo convida Portugal para celebrar o livro

Estreitar laços através do livro é tão urgente como “viver encantado”. Eis o mote da Bienal Internacional do Livro de São Paulo que leva duas dezenas de escritores de língua portuguesa ao certame deste ano.
  • Cristina Bernardo
18 Abril 2022, 16h45

“É urgente viver encantado”. A frase é da autoria do escritor português Valter Hugo Mãe e foi escolhida para mote da 26ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo (BILSP).

No ano do bicentenário da independência do Brasil, Portugal é o país convidado do certame. Para a Câmara Brasileira do Livro, entidade responsável pela organização da Bienal, os principais objetivos do convite ao nosso país passam por fortalecer a presença portuguesa no mercado editorial latino-americano, em particular no Brasil, e por reforçar a exportação de livros e direitos autorais entre os dois países. Mas não só. No imediato, também pretendem promover o contacto e intercâmbio entre escritores, editores, livrarias e público em geral.

Afonso Cruz, António Jorge Gonçalves, Dulce Maria Cardoso, Francisco José Viegas, Filipe Melo, Gonçalo M. Tavares, Joana Bértholo, José Luís Peixoto, Kalaf Epalanga, Lídia Jorge, Maria do Rosário Pedreira, Maria Inês Almeida, Matilde Campilho, Paulina Chiziane, Pedro Eiras, Ricardo Araújo Pereira, Rui Tavares, Teolinda Gersão, Valério Romão e Valter Hugo Mãe são alguns dos nomes que integram a comitiva portuguesa. De acordo com a Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, os autores presentes  já têm obra publicada no mercado brasileiro, ou irão lançar no âmbito do certame, que decorre em São Paulo de 2 a 10 de julho.

A programação cultural do pavilhão de Portugal será da responsabilidade da jornalista e escritora Isabel Lucas, que tem lugar paralelamente às propostas expositivas que irão realizar-se no espaço de Portugal na Bienal, com 500 metros quadrados, composto por livraria, auditório e área infantojuvenil.

Tudo tem um começo

Se hoje em dia a BILSP é o ponto de encontro das principais editoras, livrarias e distribuidoras do Brasil, e palco indiscutível para os seus lançamentos mais relevantes, tendo em mente os mais de 600 mil visitantes que acorrem ao certame, talvez seja importante recordar o caminho trilhado até aqui.

A primeira proposta de Feira do Livro feita pela Câmara Brasileira do Livro data de 1951. Era uma feira de rua, na Praça de República, onde os participantes montavam as suas bancas. Em 1961, foi organizada a 1ª Bienal Internacional do Livro e das Artes Gráficas, em conjunto com o Museu de Arte de São Paulo. A Bienal foi crescendo e ganhando adeptos, tendo-se repetido em 1963 e 1965. A Bienal Internacional do Livro, enquanto tal, só viria a surgir em 1970, no Pavilhão da Bienal. Em 1996, o certame foi transferido para o Expo Center Norte, onde se realiza até hoje.

Pode acompanhar aqui as novidades e toda a programação da Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

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