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Biocombustíveis reduzem poluição do sector dos transportes em 84%

Associação de Bioenergia Avançada lembra que existem metas a cumprir para Portugal conseguir alcançar a neutralidade carbónica até 2030, sendo urgente que o sector dos transportes procure alternativas para uma transição energética mais sustentável, devendo apostar nos biocombustíveis.
5 Junho 2023, 13h46

O sector dos transportes é um dos mais difíceis de descarbonizar, sendo também um dos principais sectores responsável pela poluição ambiental. Dados da Agência Europeia do Ambiente ditam mesmo que os transportes são responsáveis por 25% das emissões poluentes na atmosfera, com grande maioria do peso (70%) ligado aos veículos rodoviários.

Existindo alternativas, a Associação de Bioenergia Avançada (ABA) lembra que existem metas a cumprir para Portugal conseguir alcançar a neutralidade carbónica até 2030, sendo urgente que este sector procure alternativas para uma transição energética mais sustentável e eficaz.

A entidade nota mesmo que os biocombustíveis produzidos a partir de resíduos geram energia que permite reduzir em mais de 84% o CO2 dos transportes.

A ABA aponta a valorização da economia circular enquanto um dos pilares a validar para alcançar a neutralidade até à data proposta. “Os biocombustíveis de segunda geração dão uma segunda vida a estas matérias residuais e valorizam o seu potencial energético”, explica a associação, lembrando sendo possível produzir biocombustíveis através de óleos alimentares usados, molhos fora de validade, borras de café e mesmo resíduos florestais.

“O que seria desperdiçado em aterro ou descartado de forma incorreta volta a ser introduzido na cadeia de valor, através da reciclagem, promovendo a economia circular e prolongando o ciclo de vida”, explica a ABA em comunicado.

O segundo pilar destacado é a redução das emissões poluentes. Com a utilização de matéria residual na sua composição, “os biocombustíveis de resíduos têm menos teor carbónico do que um combustível fóssil”. Usados em detrimento dos combustíveis tradicionais (e mais poluentes), os biocombustíveis reduzem os gases poluentes na atmosfera, permitindo que a neutralidade carbónica esteja mais perto.

Além da aposta na economia circular, os biocombustíveis “contribuem para preservar os ecossistemas terrestre, aquático e marítimo, já que encaminha para a reciclagem e valorização resíduos que seriam desperdiçados em aterro ou descartados incorretamente nos sistemas de canalização”.

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