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Bitcoin dispara mais de 25% no dia de estreia em bolsa

Os futuros da criptomoeda chegaram a disparar 25% para os 18.500 dólares ao início da manhã, obrigando a gestora deste mercado a suspender por duas vezes a cotação para aliviar a volatilidade.
11 Dezembro 2017, 11h13

O primeiro dia de negociações da bitcoin em bolsa está a ser marcado por fortes ganhos, ultrapassando largamente as expetativas dos analistas. Os futuros da criptomoeda chegaram a disparar 25% para os 18.500 dólares ao início da manhã, obrigando a gestora deste mercado a suspender por duas vezes a cotação para aliviar a volatilidade.

A bitcoin estreou-se a negociar nos 15.000 dólares, tendo nos primeiros sete minutos de transação sido movimentados cerca de 120 contratos com prazo em janeiro, avança a agência ‘Bloomberg’. Uma hora depois, os contratos já totalizavam mais de 680. “Por agora, olhando para o volume de contratos negociados, há uma procura significativa e isto está a fazer subir o preço da bitcoin”, considera Naeem Aslam, analista da agência financeira TF Global Markets.

O site da gestora do mercado da criptomoeda, Chicago Board Options Exchange (CBOE), esteve inativo durante algum tempo, devido ao volume de tráfego em torno do lançamento de futuros. A ‘Bloomberg’ registou pelo menos duas interrupções temporárias para acalmar o mercado.

A entrada na bolsa é considerado um passo-chave para o reconhecimento da criptomoeda nos mercados financeiros. Desde o início deste ano, a bitcoin já valorizou mais de 1600% e a sua procura tem vindo a aumentar exponencialmente. A criptomoeda segue a somar 10,6% para 16.585,76 dólares, aproximando-se rapidamente da fasquia dos 17.000 dólares.

Daniele Bianchi, professor-assistente de Finanças da Warwick Business School, indica que “é evidente que a bitcoin está a ganhar cada vez mais legitimidade como classe de ativos”. “O lançamento de futuros da boitcoin tem potencial para aumentar os ganhos da criptomoeda e aumentar o seu reconhecimento entre os investidores”, afirma.

A professora nota ainda que “existem preocupações legítimas pelo risco sistémico devido à compensação de transações” e que “as margens e os spreads de oferta são tão altos que nem todos estão prontos para entrar no negócio, limitando assim a atividade do mercado, pelo menos inicialmente”.

 

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