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Bitcoin pode ser a forma de a Coreia do Norte fugir às sanções económicas

Economicamente isolada devido às sanções, a Coreia do Norte poderá virar-se para a critpomoeda. Segundo a empresa de segurança Recorded Future, o país já está a produzir bitcoin.
24 Dezembro 2017, 11h00

Apesar da aplicação de sanções económicas pela Organização das Nações Unidas em setembro, a Coreia do Norte não se coibiu de contar a realizar testes nucleares, aumentando a tensão geopolítica com países como os Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão. O país está economicamente isolado pelas sanções, mas pode ter encontrado forma de contornar o problema através da polémica critpmoeda bitcoin.

“A criptmoeda é a forma ideal de dinheiro para a Coreia do Norte porque pode ser transferida rapidamente e de forma anónima através das fronteiras e pode ser usada para comprar bens e serviços online ou pode ser convertida em moedas físicas”, explicou o investigador do Jeju Peace Institute na Coreia do Sul, Steven Kim, em declarações à Forbes.

A moeda digital disparou mais de 1.500% desde o início do ano, tornando-a cada vez mais apelativa. Desde maio, que a Coreia do Norte começou a minerar bitcoin, de acordo com a empresa de segurança Recorded Future.

“Se houver uma forma de explorar as criptomoedas para ganhos financeiros, a Coreia do Norte vai perceber como e mover-se agressivamente para o fazer”, afirmou Kim.

Além disso, a Coreia do Sul acusou o país vizinho que ter conduzido um ataque cibernético para roubar 6,99 milhões de dólares em bitcoin. “Dados as avançadas capacidades cibernéticas e a necessidade de novas fontes de receitas devidos às crescentes sanções, os ataques cibernéticos da Coreia do Norte para adquirir critpomoedas vão acontecer com crescente frequência no futuro”, acrescentou o investigador.

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