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Boeing, Apple e soja: China prepara retaliação de milhões às tarifas de Trump

A China anunciou a imposição de tarifas às importações de alguns produtos norte-americanos como forma de compensar as perdas causadas pelas medidas de Trump, mas ainda possui outras alternativas.
  • Guerra Comercial EUA-China
23 Março 2018, 18h23

Até ao momento, a China já anunciou a imposição de uma tarifa de 25% sobre as importações de carne suína e alumínio reciclado, um imposto de 15% sobre os tubos de aço, as frutas e os vinhos provenientes dos EUA, bem como outra série de produtos.

No entanto, a segunda economia mundial possui uma lista de opções muito mais vasta que pode ser accionada caso as tensões com os Estados Unidos piorem.

Aviação: O presidente Xi Jinping concedeu à Boeing uma encomenda de novas aeronaves no valor de 38 mil milhões de dólares (cerca de 30,7 mil milhões de euros) em 2015, durante a visita a uma fábrica em Seattle. Caso a tensão aumente, Pequim pode cancelar esses pedidos e entregá-los a rivais, como a Airbus.

Agricultura: A atividade agrícola é um dos poucos setores em que os exportadores dos EUA mantêm um superavit em relação ao país asiático. Hoje, a China é o maior comprador de soja dos EUA, com um volume aproximado de 14.600 milhões de dólares (cerca de 11,8 milhões de euros) no ano passado, mais de um terço da safra total.

Tecnologia: Embora a origem das medidas mais recentes de Trump contra a China visem proteger a propriedade intelectual e tecnologia dos EUA, Apple, Intel e Cisco estão entre as empresas americanas mais vulneráveis a uma resposta chinesa. Os produtos da Apple, por exemplo, são desenhados na Califórnia mas a sua montagem é feita no país asiático.

Imposto à Exportação: Outra opção para a China seria a imposição do pagamento de tarifas especiais sobre produtos locais exportados para empresas dos EUA. Apple e outros gigantes da tecnologia e produtos de consumo podem sofrer um grande impacto negativo com a medida.

Educação: A China pode desativar as iniciativas voltadas para a educação para que o número de estudantes que chegam às universidades americanas reduza.

Diplomacia: O reforço das inspeções de segurança ou o atraso dos procedimentos para a entrada de alimentos no país, são alguns obstáculos aos quais a China também pode recorrer.

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