A Bolsa de Istambul foi suspensa pela primeira vez em 24 anos na sequência dos devastadores terremotos que atingiram a região sul do país na passada segunda-feira, à imagem do que aconteceu em 1999, quando o coração industrial da Turquia foi atingido por um sismo de magnitude 7,6.
“Em momentos de catástrofes como esta, suspender a negociação é a melhor decisão para proteger os investidores”, comentou Haydar Acun, sócio da Marmara Capital em Istambul, em declarações à “Bloomberg”, que sublinha que o investimento em ações foi usado alargamento como proteção contra a inflação no país.
Segundo a “Bloomberg”, o índice de referência de la bolsa turca BIST 100 caiu 16% esta semana. Antes de suspenderem as negociações, a bolsa turca estava a cair 7%.
O sismo que atingiu İzmit, a 90 quilómetros de Istambul, em 1999, levou ao encerramento da bolsa turca durante uma semana.
Segundo o diretor de investimentos da Ata Portfoy, Mehmet Gerz, “o pânico e o pessimismo também podem ter aumentado os riscos, uma vez que turva o pensamento racional”, acrescentando que, apesar de tomada “tarde, continua a ser a decisão certa”.
“Há uma crise de liquidez, portanto, se o mercado ainda estivesse aberto, teria desabado”, explicou, por sua vez, Gokhan Uskuay, gestor de fundos na Allbatross.
O último balanço feito pelas autoridades da Turquia ao início da manhã desta quarta-feira, 8 de fevereiro, apontava para mais de 8.300 mortos, segundo a agência France-Presse (AFP).
De acordo com o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, que visita hoje várias localidades afetadas pelos terramotos, a mais recente contagem de vítimas mortais é de 8.754. Na Síria, já foram confirmados 2.662 mortos.