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Bolsa de Lisboa contraria congéneres europeias e encerra no ‘vermelho’

Quanto ao mercado cambial, o euro está a ter uma valorização face ao dólar, com uma subida de 1,19%, para os 1,0332 dólares.
10 Agosto 2022, 15h48

A Bolsa de Lisboa (PSI) encerrou a sessão desta quarta-feira em território negativo, com uma descida de 0,57%, para os 6.205,71 pontos, com a EDP Renováveis a liderar nas perdas.

As ações da EDP Renováveis recuaram 1,51% para os 26,15 euros, seguida da Corticeira Amorim, que viu as suas ações a descerem 1,32% para os 10,46 euros. Em terceiro ficou a NOS, a desvalorizar 1,21% para os 3,74 euros.

A EDP também encerrou no ‘vermelho’, a desvalorizar 1,09% para os 5,08 euros. O mesmo aconteceu à Jerónimo Martins, que recuou 0,71% para os 22,46 euros. A Galp também ficou em território negativo, perdendo 0,85% para os 10,52 euros.

Nos ganhos lidera a Altri, que viu as suas ações a avançar 1,87% para os 5,72 euros, seguida da Navigator, que ganhou 1,58% para os 4,11 euros. Em terceiro nos ganhos ficou a Greenvolt, a avançar 1,83% para os 9,69 euros. Na quarta posição assentou o BCP, a ganhar 0,75% para os 0,1518 euros.

Contrariamente ao PSI, as principais bolsas europeias terminaram a sessão em terreno positivo. O DAX (Alemanha), o FTSE 100 (Reino Unido) e o CAC 40 (França) cresceram 1,25%, enquanto o IBEX 35 (Espanha) encerrou a subir 0,44%.

O analista Ramiro Loureiro, do Millennium Investment Banking, refere que o sentimento positivo vivido na Europa foi impulsionado pelos dados de inflação nos EUA. A leitura destes dados “veio melhor que o esperado”, aliviando a pressão sobre a FED, que agora se espera que seja menos agressiva, apesar dos comentários do presidente da FED de Chicago, que referiu que a inflação permanece inaceitavelmente elevada, e que o ritmo de subida de taxa de juro não abrandará.

Agora, “o mercado estima uma subida de 50 pontos base na próxima reunião da FED, um decréscimo dos 75 pontos base esperados antes da divulgação da inflação”, refere o analista.

Do outro lado da moeda, Ramiro Loureiro refere que a seca extrema na Europa está a condicionar os mercados, devido ao facto dos níveis do caudal do rio Reno estarem a impossibilitar a passagem de navios de transporte de matérias-primas utilizadas na produção de energia. Como consequência, deu-se um disparo de quase 6% dos preços do gás natural para distribuição na Europa. “De destacar também o rio Danúbio, crucial no abastecimento da Europa central, a partir do Mar Negro, que começa a causar algumas preocupações devido também ao baixo nível das águas”, destaca Ramiro Loureiro.

Assim, a energia continua a ser o assunto do momento, com os preços dos contratos forward de energia na Alemanha a atingir hoje um novo máximo, nos €414/MWh (+2,2%). Ainda assim, de destacar a descida dos preços do petróleo, com o WTI, depois da Rússia retomar o abastecimento à Europa”, refere Ramiro Loureiro.

De facto, no mercado petrolífero o brent está a recuar 0,43% para os 95,80 dólares, e o crude está a descer 0,30% para os 90,23 dólares.

Quanto ao mercado cambial, o euro está a ter uma valorização face ao dólar, com uma subida de 1,19%, para os 1,0332 dólares.

Atualizada às 16h56

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