Bolsa de Lisboa em terreno positivo a meio de sessão

O PSI volta para a negociar no ‘verde’, enquanto as bolsas da Europa negoceiam em terreno negativo.

A bolsa de Lisboa encontra-se a meio da sessão desta terça-feira em terreno positivo, subindo 0,07% para 5.881,03 pontos.

Quem regista as maiores perdas é a Galp, com uma queda de 1,11% para 12,47 euros, seguida pela EDP renováveis, com uma perda de 0,59% para 20,07 euros; a Altri permanece a negociar no ‘vermelho’ com uma queda de 0,65% para 4,59 pontos.

Os CTT já negoceiam em terreno positivo, tendo uma subida de 0,14% para 3,55 euros. O BCP é quem lidera o grupo nos ganhos com um aumento de 2,39% para 0,1929 euros, seguido da Mota-Engil, com uma subida de 2,04% para 1,704 euros.

No sector energético a Greenvolt encontra-se flat.

Foi hoje conhecido que a economia portuguesa evitou a recessão ao crescer 0,2% no quarto trimestre de 2022 e um total de 6,7% no no passado, dados que ficaram aquém das expectativas do Governo, que previa um crescimento de 6,8%.

As bolsas europeias negoceiam em terreno negativo, com o alemão DAX a desvalorizar 0,58% para 15.096,0 pontos, o francês CAC com uma descida de 0,46% para 7.049,25 pontos, o espanhol IBEX35 a perder 0,35% para 9.017,28 pontos e o índice do Reino Unido a diminuir 0,80% para 7.722,62 pontos.

No mercado petrolífero, os valores continuam a cair, tendo o Brent descido 0,93% para 83,71 dólares e o texano WTI 1,19% para 76,97 dólares. O gás natural também continua com uma tendência negativa, perdendo 1,72% para 2,633 dólares.

No mercado cambial o euro desvaloriza  0,09% face ao dólar, para 1,0835 dólares.

Segundo o analista de mercados do Millenium Banking Investment, Ramiro Loureiro, “as bolsas europeias negoceiam em baixa, mesmo após a indicação preliminar de que a economia da Zona Euro se terá expandido de forma surpreendente no 4.º trimestre de 2022, quando os analistas estimavam uma contração de 0,1% face aos três meses antecedentes. A confirmar-se e região evita o cenário de recessão que parecia estar a caminho já no 1.º trimestre deste ano”.

Ramiro Loureiro destaca ainda “outras boas notícias” para a economia global, uma vez que o FMI reviu em alta as suas previsões de crescimento económico para 2023, acreditando “que seja um ano de inflexão no crescimento, com aceleração em 2024”. O FMI admite que o mundo vai crescer 3,1%, em vez dos anteriores 2,9%.

“Ainda assim, os investidores parecem dar algum peso aos fracos dados de vendas a retalho na Alemanha em dezembro do ano passado e em especial à leve subida da inflação em França em janeiro, à semelhança do difundido ontem para Espanha. A nível sectorial de destacar o bom ambiente na Banca, com Unicredit a disparar mais de 8% após mostrar contas e o Sabadell a ganhar mais de 3%, tendo sido elevado por uma casa de investimento. O BCP aproveita o ambiente, sendo adicionalmente impulsionado pelos lucros e expansão significativa da margem financeira registados pela sua unidade polaca, o Bank Millennium, no 4.ºtrimestre, levando-a a valorizar mais de 5%”, explica ainda o mesmo especialista.

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