O PSI fechou nos 5.429,61 pontos, o que traduz uma queda de 1,05%. A liderar as perdas esteve a EDP Renováveis que recuou 3,95% para 21,63 euros. Seguiu-se a EDP a perder 2,46% para 4,61 euros.
Destaque ainda para as quedas do BCP (-1,83% para 0,1341 euros) e da REN (-1,82% para 2,430 euros).
No retalho alimentar, a Jerónimo Martins fechou a cair 1,32% para 20,88 euros e a Sonae recuou 1,47% para 0,84 euros.
Só o sector do papel se destacou pela positiva. De entre os quatro únicos títulos que fecharam no verde, dois são de papeleiras. A Navigator avançou +3,30% para 3,38 euros e a Altri subiu 3,14% para 4,99 euros. A valorizar fechou também a Mota-Engil (+0,73% para 1,110 euros) e a Corticeira Amorim que apreciou 0,22% para 8,95 euros.
Na Europa, a conjuntura foi de queda ligeira. O EuroStoxx 50 recuou 0,04% para 3.347,1 pontos e o Stoxx 600 perdeu 0,34%.
O FTSE de Londres caiu 0,15% para 7.008,3 pontos; o CAC 40 recuou 0,09% para 5.778,4 pontos; o DAX caiu 0,23% para 12.256,4 pontos; e o IBEX tombou 0,75% para 7.527 pontos. A exceção foi a praça de Milão que fechou em alta de 0,85% para 21.245,8 pontos.
O BCE e a OCDE penalizaram os mercados.
O analista do Millennium BCP, Ramiro Loureiro, comentou o fecho das bolsas escrevendo que “as principais bolsas europeias encerraram na sua maioria em terreno negativo”. “O italiano Footsie MIB foi a exceção após a vitória maioritária de Giorgia Meloni do partido de extrema-direita para o cargo de primeira-ministra, nas eleições realizadas ontem”, realçou.
Itália ontem recebeu os resultados parciais das eleições legislativas em que ganhou a coligação de direita formada pelos Irmãos de Itália (FdI), pela Liga e pela Força Itália com 44,1% dos votos.
Uma vez que o partido mais votado foi o de Giorgia Meloni (FdI) Itália vai ter uma primeira-ministra.
“A pressionar o sentimento estiveram também as declarações de Christine Lagarde de que o BCE deverá continuar a subir taxas de juro, apesar das espectativas de que a atividade económica poderá desacelerar substancialmente”, defende a MTrader.
“O corte das perspetivas económicas, com destaque para a Europa e Alemanha, por parte da OCDE também castigaram”, acrescenta o analista do BCP.
A OCDE está mais pessimista para 2023 e vê economia da zona euro crescer 0,3% e inflação de 6,2%. Sem surpresa, as novas previsões incluem cortes no crescimento económico e revisões em alta da inflação. A OCDE fala de um cenário de “drástica desaceleração do crescimento” que pode levar vários países da zona do euro à recessão.
A Alemanha é quem surge pior com um corte de 0,7 pontos percentuais este ano (crescerá 1,2%) e um corte de 2,4 pontos percentuais em 2023, quando a economia deverá encolher -0,7% (recessão total).
“No plano macro foram divulgados o escalar dos preços no produtor em Espanha e a perda de confiança empresarial na Alemanha em setembro, também não ajudaram os mercados acionista”, concluiu Ramiro Loureiro.
O euro cai 0,66% para 0,9623 dólares.
Nas commodities, o petróleo Brent recua 1% para 85,29 dólares o barril.
A rentabilidade da dívida soberana europeia esteve hoje a subir significativamente. A dívida alemã a 10 anos agrava 8,00 pontos base para 2,11%. Já a dívida portuguesa no mesmo prazo sobe 10,81 pontos base para 3,17%. O prémio de risco da dívida portuguesa está em 106 pontos base.
Também Espanha tem os juros em alta de 11,65 pontos base para uma yield de 3,29%.
A dívida italiana a 10 anos dispara 20,52 pontos base e está em 4,55%. O prémio de risco da dívida de Itália está em 244 pontos base.
A dívida grega avança 13,01 pontos base para 4,70%.
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