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Bolsas da Europa fecham mistas. PSI encerra no verde

As bolsas europeias fecharam mistas com Paris, Milão e Atenas a serem as exceções que fecharam em queda num início de semana que trará dados relevantes sobre a inflação na zona euro e sobre o ritmo de atividade na indústria e serviços a nível global em junho. Por cá Altri subiu mais de 2% e BCP caiu mais de 2%.
27 Junho 2022, 16h08

A bolsa de Lisboa fechou a subir 0,40% para 6.054,38 pontos, sendo uma das bolsas da Europa que fechou no ‘verde’.

A Altri valorizou 2,55% para 6,42 euros; a Jerónimo Martins ganhou 2,10% para 19,97 euros; a Sonae fechou em alta com uma subida de 1,77% para 1,1510 euros; a Galp avançou 1,60% para 11,46 euros; e a Navigator apreciou 1,10% para 3,87 euros. Estes foram os títulos que subiram mais de 1%.

Seis ações fecharam em queda, com destaque para o BCP que fechou a perder 2,17% para 0,1711 euros. A EDP Renováveis recuou 1,01% para 22,62 euros; e a Mota-Engil perdeu 1,40% para 1,264 euros. Já a EDP, uma das blue chips da bolsa, caiu 0,24% para 4,48 euros.

As bolsas europeias fecharam mistas com Paris, Milão e Atenas a serem as exceções que fecharam em queda num início de semana que trará dados relevantes sobre a inflação na zona euro e sobre o ritmo de atividade na indústria e serviços a nível global em junho.

“As bolsas europeias encerraram divididas entre ganhos e perdas ligeiras. Apesar de alguns bons dados macroeconómicos, parecem permanecer as preocupações em torno do comportamento da economia a nível global, numa altura em que os bancos centrais se tornam mais agressivos, com potenciais movimentos da taxa diretora de forma a combater a inflação”, refere o analista do Millennium BCP Ramiro Loureiro.

“Os ganhos mais expressivos dos setores de Recursos Naturais e Tecnológico contrastaram com as quedas do setor de Utilities e de Consumo Pessoal”, acrescenta.

“No seio empresarial de notar o disparo da Prosus, perante os planos de venda de uma posição na Tencent para financiar o programa de recompra de ações próprias”, refere o analista do BCP.

Destaque ainda para a notícia que a Mercedes pode deixar de fabricar o Classe A por volta de 2025.

“As quedas nas bolsas europeias surgem no momento em que as yields na Europa voltam a disparar”, diz Henrique Tomé, analista XTB.

“Entretanto chegou a indicação de que os preços no produtor em Espanha denotaram um pequeno alívio do ritmo de subida homóloga em maio, pese embora tenham crescido 43,6% face a igual mês de 2021 (versus 44,5% em abril)”, segundo a análise da MTrader.

Por cá, foi notícia que o Valor Acrescentado Bruto gerado pelo Turismo e o Consumo do Turismo no Território Económico registaram aumentos nominais de 27,3% em 2021 face a 2020, ano de contração sem precedente da atividade turística, tendo aqueles agregados diminuído 44,5% e 49,1% respetivamente, segundo o INE.

O Banco Central Europeu (BCE) voltou a realizar hoje em Sintra, no distrito de Lisboa, o seu fórum anual, este ano dedicado aos desafios para a política monetária num mundo em rápida mudança.

O euro subiu 0,45% para 1,060 dólares.

A dívida soberana alemã subiu 10,67 pontos base para 1,54%; Portugal viu os juros agravarem 11,62 pontos base para 2,62%; Espanha idem com os juros em alta de 10,74 pontos base; e Itália com os juros a subirem 7,72 pontos base para 3,51%.

No petróleo, o Brent, referência na Europa, sobe 1,32% para 114,6 dólares o barril.

A França apelou hoje aos países produtores de petróleo para aumentarem a sua produção de “forma excecional” de forma a travar a subida do preço dos combustíveis provocada pela guerra na Ucrânia.

Os países do G7 anunciaram que vão desenvolver um mecanismo para limitar o preço do petróleo russo e tentar restringir o acesso da Rússia a recursos industriais no setor da defesa, disse também hoje um alto funcionário norte-americano.

O presidente argentino usou os seus dois discursos e as seis reuniões bilaterais de hoje na Cimeira do G7 para propor a Argentina como fornecedora substituta estável e confiável do gás russo à Europa e de alimentos ao mundo.

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