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Bolsas dos EUA pouco alteradas após declarações de Trump

Mercados acionistas dos EUA estão em queda ligeira com os investidores cautelosos após as declarações protecionistas de Trump na sexta-feira.
23 Janeiro 2017, 15h39

As praças norte-americanas negoceiam em queda leve no início da semana, com os investidores a procurarem um “porto seguro” depois das declarações de índole protecionista de Donald Trump na tomada de posse que decorreu em Washington na sexta-feira.

O industrial Dow Jones perde 0,10%, o tecnológico Nasdaq cai 0,01% e o S&P 500 desce 0,12%.

O novo Presidente dos EUA, que prometeu redução da carga fiscal e uma maior aposta nas infraestruturas, não ofereceu novos detalhes sobre o plano para impulsionar o crescimento económico na declaração pública aos norte-americanos.

“Não houve informação suficiente sobre a política fiscal, cortes de impostos e gastos nas infraestruturas no discurso inaugural de Donald Trump na sexta-feira”, disse Kit Juckes, estrategista global na Societe Generale SA em Londres. “Em vez disso, a mensagem foi combativa, protecionista e isolacionista”, reforçou.

No mercado cambial, o euro aprecia-se 0,14% para 1.0718 dólares. O dólar começou a desvalorizar face ao euro e ao iene japonês após o discurso de tomada de posse de Donald Trump na sexta-feira. “Precaução é o tema da semana com os mercados muito suscetíveis aos anúncios políticos de Trump e da sua equipa”, explicou o estrategista cambial do Banco Nacional da Austrália, Rodrigo Catril, à Bloomberg.

Quanto ao mercado petrolífero, o barril de Brent desce 0,70% para os 55,10 dólares e o de Crude cai 1,07% para os 52,63 dólares, depois da reunião deste fim-de-semana da OPEP em que o ministro da Energia e Indústria da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, chamou a atenção para o impacto das políticas protecionistas de Donald Trump no setor.

Os EUA estão “intimamente integrados no mercado global de energia”, afirmou o ministro. “As posições dos EUA e da Arábia Saudita em relação à energia são muito importantes para a estabilidade económica global”. Apesar disso, o cartel acredita que os EUA não conseguirão deixar de importar petróleo, independentemente dos planos de Trump para o país se tornar auto-suficiente no campo energético.

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