O ano de 2017 iniciou-se de forma bastante positiva para as principais praças mundiais, verificando-se uma forte pressão compradora logo no início da semana, principalmente nos mercados europeus. IBEX35 CAC40 e DAX30 foram as bolsas que mais valorizaram em consequência do reajustamento tardio das carteiras de vários bancos e fundos de investimento, que se mostraram otimistas relativamente ao desempenho dos principais indicadores macroeconómicos europeus.
Já os mercados americanos abriram a semana com valorizações mais ligeiras, aguardando pelos dados do NFP – Non Farm Payrolls. Nasdaq e S&P500 abriram a negociação a valorizar cerca de 0.5%. Contudo, acumularam ganhos significativos na semana com o dólar a ser ligeiramente pressionado e as expectativas relativas à política economia americana a contribuir para a pressão otimista.
Esta foi uma semana positiva para a política monetária europeia. A divulgação dos dados de inflação surpreenderam pela positiva, a variação percentual do IPC – índice de preços do consumidor, fechou dezembro de 2016 a subir 1.1%, mostrando assim que a política monetária expansionista do BCE está a obter resultados. O mercado espera agora que, caso a tendência do IPC se mantenha, o BCE possa cortar os estímulos monetários com o objetivo de desacelerar o crescimento da inflação, dado que o target para a estabilização dos preços na zona euro é próximo dos 2%. Estas expetativas levaram a uma subida imediata das ‘yields’ das principais obrigações a 10 anos, com o receio de que o BCE possa reduzir o volume da compra de dívida. Neste cenário, assistiu-se a uma valorização do euro face aos principais pares cambiais, com os investidores a optarem por reservas na moeda única numa altura em que a política económica europeia pode estar em processo de viragem.
Um fator que contribuiu para um aumento da inflação foi a valorização do barril de brent crude (referência para o mercado europeu) que chegou a cotar os 58 dólares, com o sinal de que os membros da OPEC irão manter os compromissos de congelamento de produção.
A bolsa nacional esteve em paralelo com o positivismo europeu. Em destaque esteve o título da Jerónimo Martins, que disparou depois do banco JPMorgan ter divulgado as suas expetativas no que concerne aos resultados das unidades na Polónia e na Colômbia. O banco de investimento aponta um potencial de valorização de 13% para esta cotada.
Nota: Henrique Romão Dias (gestor da XTB)
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