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Boris Johnson em Kiev anuncia novo pacote militar e garante manter ajuda à Ucrânia

O presidente Volodymyr Zelensky recebeu, este sábado, o primeiro-ministro britânico que ofereceu mais apoio financeiro e militar. Boris Johnson também proferiu palavras com grande significado para o país atacado: “A Ucrânia desafiou as probabilidades e afastou as forças russas das portas de Kiev, realizando o maior feito militar do século XXI”.
9 Abril 2022, 21h27

O Reino Unido vai enviar “equipamento militar de alta qualidade” no valor de 100 milhões de libras para as forças armadas da Ucrânia, anunciou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, este sábado, 9 de abril, em Kiev.

O pacote inclui 120 veículos blindados, mísseis antiaéreos Starstreak, 800 mísseis anti-tanque e munições de precisão. A Grã-Bretanha também continuará a aumentar as sanções à Rússia e a afastar-se do uso de hidrocarbonetos russos, prometeu Boris Johnson.

O objetivo é garantir que “a Ucrânia nunca mais seja intimidada, nunca mais seja chantageada, nunca mais seja ameaçada da mesma maneira”, salientou.

Boris Johnson reuniu este sábado à tarde com Volodymyr Zelensky na capital ucraniana, sendo o mais recente líder estrangeiro a pisar o solo de Kiev depois das forças russas se retiraram dos arredores da cidade há pouco mais de uma semana.

O PM britânico disse que a Rússia se enganou redondamente quando acreditou que podia fazer cair a Ucrânia em apenas alguns dias. “A Ucrânia desafiou as probabilidades e afastou as forças russas das portas de Kiev, realizando o maior feito militar do século XXI”, elogiou, atribuindo à liderança de Zelensky e ao “heroísmo e coragem do povo” o falhanço dos “objetivos monstruosos” do presidente russo, Vladimir Putin.

“O mundo descobriu novos heróis e esses heróis são o povo ucraniano. Os ucranianos mostraram a coragem daqueles que estão aqui, a defender a vossa terra. Muito obrigado, esta lição foi extraordinária”, sublinhou.

Também o chanceler da Áustria, Karl Nehammer, esteve este sábado, de manhã, em Kiev, onde deixou uma forte mensagem política: a Áustria, apesar da sua neutralidade militar (é membro da União Europeia, mas não da NATO), não é neutra na hora de assinalar os crimes de guerra.

Na sexta-feira, estiveram na capital ucraniana a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell.

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