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Boris Johnson promete Brexit a 31 de janeiro

Com 648 dos 650 dos assentos atribuídos, o Partido Conservador garantiu já 363, contra 203 do Partido Trabalhista, que perdeu 59, e 48 do Partido Nacionalista Escocês.
  • DR Daniel Leal-Olivas/ REUTERS
13 Dezembro 2019, 08h26

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, prometeu esta sexta-feira que o ‘Brexit’ vai para a frente a 31 de janeiro, após a vitória esmagadora nas eleições legislativas de quinta-feira.

“Vou pôr fim a este absurdo e vamos consegui-lo até 31 de janeiro”, assegurou Johnson aos seus apoiantes, após o Partido Conservador ter garantido a maioria absoluta.

Com 648 dos 650 dos assentos atribuídos, o Partido Conservador garantiu já 363, contra 203 do Partido Trabalhista, que perdeu 59, e 48 do Partido Nacionalista Escocês (SNP).

“É agora uma decisão irrefutável, indiscutível e irresistível do povo britânico”, que “põe fim à miserável ameaça de outro referendo”, declarou.

Cerca de 46 milhões de britânicos votaram na quinta-feira nas eleições legislativas antecipadas no Reino Unido, as terceiras em menos de cinco anos, convocadas pelo governo para tentar desbloquear o impasse criado no parlamento pelo processo de saída do país da União Europeia (UE).

A votos estiveram os 650 assentos na Câmara dos Comuns, a câmara baixa do parlamento britânico, aos quais concorreram 3.322 candidatos.

Os resultados eleitorais no Reino Unido mostraram que os Trabalhistas pagaram um preço elevado pela ambiguidade política sobre o ‘Brexit’ e que o Conservador Boris Johnson tem agora enorme margem de manobra, segundo analistas consultados pela Lusa.

“A ambiguidade política paga-se!”, disse à Lusa Francisco Bethencourt, historiador e professor do King’s College, em Londres, no momento em que no écran do seu computador aparecia a informação de que este tinha sido o pior resultado do partido Trabalhista desde 1935.

Paulo Vila Maior, professor de Ciência Política na Universidade Fernando Pessoa, corrobora esta perspetiva e acrescenta que a vitória do partido Conservador foi também o resultado da estratégia política de Boris Johnson.

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