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Boris Johnson recria cena da porta do filme “O amor acontece”. Hugh Grant já criticou vídeo

Na nova versão, o primeiro-ministro britânico pede o voto ao seu eleitorado para que o Reino Unido consiga avançar no processo do Brexit. Hugh Grant, que entrou no filme, já criticou o filme.
10 Dezembro 2019, 16h43

O primeiro-ministro britânico recriou a cena da porta do filme “O amor acontece” num vídeo de propaganda eleitoral. Com as eleições britânicas marcadas para 12 de dezembro, a campanha de Boris Johnson está a dar tudo por tudo para manter o político conservador no poder.

A cena é semelhante à do filme original em que o personagem Mark, interpretado por Andrew Lincoln, vai à casa de Juliet, a sua amada interpretada por Keira Knightley, para mostrar uma série de cartazes a demonstrar o seu amor. A necessidade dos cartazes escritos, sem comunicação verbal, prende-se com o facto de Peter (interpretado por Chiwetel Ejiofor), o namorado de Juliet, estar dentro de casa sentado no sofá.

Na nova versão, o primeiro-ministro britânico pede o voto ao seu eleitorado para que o Reino Unido consiga avançar no processo do Brexit, e para que o “outro gajo” não consiga vencer, em referência ao líder dos trabalhistas, Jeremy Corbyn.

“Com sorte, no próximo ano o Brexit já está concluído, se o Parlamento não o bloquear novamente, para conseguirmos avançar”, segundo o líder dos tories.

Uma sondagem divulgada pelo Guardian esta terça-feira coloca os conservadores na frente com 43% da intenção de voto, seguidos dos trabalhistas com 33% e dos liberais democratas com 13%.

Quem já veio a público comentar o vídeo foi Hugh Grant que no filme interpreta o papel de primeiro-ministro britânico. O ator destacou que nesta versão não surge o cartaz a dizer “no natal diz-se a verdade”.

“Penso que os assessores pensaram que este cartaz não ficaria bem nas mãos de Boris Johnson”, disse, citado pelo Hollywood Reporter.

Apesar de considerar que a produção do vídeo é boa, o ator brincou ao dizer que talvez o vídeo tivesse sido financiado “com rublos”, referindo-se aos donativos feitos por cidadãos russos aos conservadores.

O ator tem estado a fazer campanha contra o partido conservador em vários círculos eleitorais, por ser contra a saída do Reino Unido da União Europeia.

 

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