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BPI com lucros de 201 milhões de euros. Sobem 9%

A rentabilidade, medida pelo ROTE, fixou-se em 6,4% em Portugal. “A banca não consegue ter uma rentabilidade que compense o custo do capital”, disse o CEO do banco, João Pedro Oliveira e Costa.
29 Julho 2022, 10h49

O BPI obteve um resultado consolidado de 201 milhões no primeiro semestre, crescendo 9% em relação ao mesmo período de 2021. A atividade em Portugal contribuiu com 85 milhões de euros, mais 17% do que há um ano. Mas esta subida em Portugal exclui os ganhos extraordinários com a venda de créditos NPL de 23 milhões de euros no primeiro semestre do ano passado, e os sete milhões com reformas antecipadas e rescisões voluntárias no mesmo período.

O produto bancário comercial subiu 6% face ao período homólogo, situando-se em 393 milhões. A margem financeira cresceu 3% para 234 milhões, suportada pelo aumento do volume do crédito.

O produto bancário total cresceu 5% num ano para 369 milhões.

As comissões líquidas subiram 11% para 145 milhões de euros, devido ao crescimento das vendas de fundos de investimento e seguros de capitalização, das comissões bancárias do crédito e intermediação de seguros.

A rentabilidade, medida pelo ROTE, fixou-se em 6,4% em Portugal. “A banca não consegue ter uma rentabilidade que compense o custo do capital”, disse o CEO do banco, João Pedro Oliveira e Costa.

No BFA em Angola os resultados entregues ao BPI somam 100 milhões e no BCI, onde o BPI tem 35%, somam 17 milhões de euros.

Nas contas consolidadas do BPI, os custos de estrutura subiram 2% para 221,2 milhões de euros. O banco diz que os custos com pessoal caíram de 115,9 milhões em junho de 2021 para 113,3 milhões, porque o quadro médio de pessoal caiu 3%. Os colaboradores somam 4.461 em junho e os balcões somam 339.

O rácio de cost-to-income, que traduz a eficiência, caiu para 53,2%, menos 1 p.p. face a 2021.

João Pedro Oliveira e Costa apresentou os custos regulamentares de 48,3  milhões em 2022, mais 16% que um ano antes.

Para o Fundo de Resolução português foram 8,8 milhões de euros, a contribuição sobre o setor bancário somou 21,2 milhões e o Adicional de Solidariedade custou ao BPI 3,9 milhões. Os restantes 14,4 milhões foram canalizados para o Fundo Único de Resolução.

O banco português do CaixaBank tem um baixo rácio de sinistralidade do crédito. O BPI tem um rácio de NPE (Non-Performing Exposure) de 1,6%. A cobertura por imparidades e colaterais de 145% (só por imparidades é 84%). O rácio de Non Performing Loans situa-se em 2% da carteira.

O custo do risco de crédito está em 0,09% até agora. As imparidades somaram 28 milhões em junho e as recuperações de crédito somaram dois milhões. As imparidades líquidas de recuperações somam assim 28 milhões.

Os imóveis obtidos por dação em cumprimento de crédito têm um valor líquido no balanço de três milhões de euros. Já a exposição a Fundos de Reestruturação totaliza 36 milhões.

Em termos de capital, o rácio total é de 17,3% e o rácio de CET1 caiu de 14,2% em dezembro para 13,6%. Os ativos ponderados pelo risco subiram 4% nos seis meses. O rácio de MREL em percentagem destes ativos é de 23,3%.

No balanço a carteira de crédito aumentou 2,2 mil milhões de euros num ano (+8%). Aqui o crédito à habitação cresceu 11% e a empresas 8%. A contratação de crédito hipotecário cresceu 37%. O banco tem uma quota de 17,6%. Os depósitos de clientes subiram 2,4 mil milhões  (+9%).

 

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