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BPI eleva preço-alvo das ações da Mota-Engil para 2,60 euros

Os analistas defendem que o aumento do preço das commodities atua como um vento favorável à Mota-Engil devido à exposição significativa à África, América Latina e aos contratos de mineração.
  • Mota Engil (10º lugar)
14 Junho 2022, 09h47

O CaixaBank/BPI subiu o price-target médio das ações da Mota-Engil para 2,60 euros face aos 2,21 euros com que reiniciou a cobertura da companhia no final de 2021.

Os analistas defendem que o aumento do preço das commodities atua como um vento favorável à Mota-Engil devido à exposição significativa à África, América Latina e aos contratos de mineração.

O research destaca que o grupo português de construção antecipa para este ano um aumento de um dígito no volume de negócios, mas os analistas do CaixaBank preveem um aumento de 13%.

Já na margem de EBITDA, a empresa espera um ano em linha com os níveis de 2021, mas o CaixaBank antecipa uma queda de 0,7 pontos percentuais na margem de EBITDA para o ano de 2022. No Capex (investimento) a Mota-Engil antecipa que fique na faixa de 250 milhões a 300 milhões de euros, e os analistas apontam para 266 milhões.

“Emitimos uma nota de atualização sobre a Mota Engil definindo um intervalo de avaliação entre 1,52 euros e os 4,07 euros por ação”, dizem os analistas do CaixaBank/BPI que justificam a ampla faixa de avaliação pelo perfil de alavancagem do grupo (net debt + Lease & Factoring) representando 80% do Enterprise Value).

A Mota-Engil aposta nos investimentos crescentes em infraestruturas em alguns mercados com exposição relevante a commodities (África e América Latina representando 71% do EBITDA de 2021). “Além disso, com a recente adjudicação na Costa do Marfim, a Mota Engil já possui 8 contratos de mineração (cerca de 1,3 mil milhões de euros de encomendas) que são contratos de longo prazo e com menor perfil de risco (maior previsibilidade de resultados).

O “investment case”, segundos os analistas, é suportado por uma carteira de encomendas que é das mais altas de todos os tempos ( 7,6 mil milhões de euros em 2021, o que traduz uma subida de 1,5 mil milhões face a 2020); pelo novo acionista de referência, o grupo chinês CCCC com presença executiva no conselho de administração (e que tem 32% do capital); por um balanço patrimonial fortalecido sem restrições de liquidez; por um potencial valor oculto na área das Concessões e pelo forte compromisso com a sustentabilidade.

A família Mota tem 40% do grupo.

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