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BPI melhora preço-alvo da Mota-Engil devido “à forte recuperação” no primeiro semestre

O banco de investimento atribuiu uma avaliação entre 1,65 euros e 4,95 euros às ações da Mota-Engil, superior ao anterior intervalo (1,52 euros a 4,07 euros). Ações sobem 0,17% para 1,20 euros.
  • Mota Engil (10º lugar)
5 Setembro 2022, 14h29

Os analistas do CaixaBank/BPI melhoraram a avaliação das ações da Mota-Engil depois dos resultados semestrais apresentados pela construtora.

O banco de investimento atribuiu uma avaliação entre 1,65 euros e 4,95 euros às ações da Mota-Engil, superior ao anterior intervalo (1,52 euros a 4,07 euros). A análise da BA&N Unit Research à análise do CaixaBank/BPI destaca que o ponto mais baixo do intervalo da nova avaliação situa-se 37,96% acima da atual cotação (1,20 euros), sendo que o limite máximo do intervalo traduz um potencial de valorização superior a quatro vezes, face à atual cotação.

O banco de investimento justifica a melhoria na avaliação com a revisão em alta de 9% na estimativa para o EBITDA entre 2022 e 2025.

No primeiro semestre, o EBITDA da Mota-Engil somou 206,8 milhões de euros, o que representa uma subida anual de 14,4%.

A construtora liderada por Gonçalo Moura Martins reportou lucros de 11,7 milhões a subirem 37% no primeiro semestre. As vendas e prestações de serviços atingiram os 1.354,4 milhões de euros, mais 19% do que o valor comparável no período homólogo de 2021.

O CaixaBank BPI justifica a subida do price-target com a “forte recuperação” evidenciada nos resultados do primeiro semestre, com as receitas e o EBITDA a crescerem 19% e 14,4%, respetivamente, bem como a carteira de encomendas recorde (crescimento de 22%).

Segundo a análise da BA&N, “o banco de investimento salienta também o ‘valor escondido’ na unidade de concessões e a fraca correlação entre a cotação da construtora e a evolução dos preços do petróleo, o que seria expectável tendo em conta ser muito relevante nas economias onde a Mota-Engil marca presença”.

Já pela negativa, o BPI destaca o prémio de risco atribuído ao mercado africano e o desconto utilizado na dívida soberana de Angola e Moçambique.

O CaixaBank/BPI ressalva ainda que só com uma boa execução da carteira de encomendas a Mota-Engil conseguirá melhorar a confiança dos investidores nas suas perspetivas de longo prazo.

A notícia não dispensa a consulta do “research” emitido pela casa de investimento

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