O BPI decidiu suspender a distribuição de 117 milhões de euros em dividendos relativos ao exercício de 2019. Também o seu acionista único, o banco espanhol CaixaBank, suspendeu a distribuição de dividendos.
Em comunicado, o BPI, liderado por Pablo Forero, referiu que com esta suspensão, “reforça a sua capacidade para colocar à disposição da economia, das empresas e das famílias portuguesas os recursos necessários para responder aos exigentes desafios que se apresentam”.
Tanto o Banco Central Europeu (BCE) como o Banco de Portugal já tinham recomendado aos bancos que não distribuíssem, pelo menos, até 1 de outubro de 2020, relativamente ao exercícios de 2019 e 2020.
A instituição financeira argumenta que o surto da Covid-19 e as medidas de confinamento impostas pelo Governo ao abrigo do Estado de Emergência, “terão um impacto na economia global”.
No entanto, o BPI diz que tem uma posição de solvência e liquidez para enfrentar a crise, com um rácio de capital CET1 de 13,4%, isto é, 3,73% acima dos requisitos de capital impostos pelos supervisores. Além disso, o banco tem uma rácio de capital total de 16,6% e de de ativos líquidos superiores a 8.000 milhões de euros, permite enfrentar com confiança o cenário económico negativo que deverá marcar o resto do ano de 2020.
O BPI foi o último dos principais bancos a atuar em Portugal que congelaram a remuneração acionista. As administrações do Millennium bcp e da Caixa Geral de Depósitos já anunciaram que iriam propor, em assembleia geral, a não distribuição de dividendos relativos ao exercício de 2019.
Em abril, o Santander Totta também anunciou que não iria remunerar o acionista, o Grupo Santander, que por sua vez anunciou que não vai distribuir dividendos relativos aos exercícios de 2019 e de 2020.
(notícia atualizada com mais informação)
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