João Pedro Oliveira e Costa, presidente executivo do BPI, afirma que o banco que lidera vai começar “em breve” a remunerar os depósitos, numa altura marcada pela subida das taxas de juro e por sinais do Banco Central Europeu de que esta tendência se manterá.
“O BPI está atento. Tem várias soluções para as poupanças, mas isto é um processo evolutivo. Acredito que em breve, não sei dizer quando, iremos remunerar os depósitos a prazo”, afirmou o banqueiro durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados referentes a 2022, quando obteve lucros de 365 milhões de euros.
“O BPI sempre foi bastante competitivo, quer ao nível dos depósitos a prazo quer ao nível dos produtos de poupança”, disse ainda, notando que “não queremos que os nossos clientes vão para os Certificados de Aforro, mas entendo o incentivo à poupança”.
Cerca de dois mil clientes pediram renegociação do crédito
Sobre a renegociação do crédito, João Pedro Oliveira e Costa afirmou que um terço da carteira de crédito do banco é abrangida pelo decreto-lei aprovado pelo Governo para apoiar as famílias com maiores dificuldades financeiras.
“Até agora, e acredito que esta situação venha a aumentar, 1% da carteira de clientes contactaram o banco e são elegíveis”, disse. “São cerca de dois mil e poucos clientes que nos contactaram por sua iniciativa e foram elegíveis”, detalhou.
Destes 1%, “já acordámos com 25%” dos clientes, disse ainda. Sem adiantar números, referiu apenas que “são umas centenas de pessoas, poucas para um banco que tem um milhão de clientes”. Houve, por isso, uma “procura muito pequena de soluções”, garantindo que mesmo os clientes que não sejam elegíveis serão apoiados pela instituição financeira.