PremiumBrasil e Argentina sonham com uma moeda única no Mercosul

O sonho tem muitos anos e foi defendido por economistas de todos os quadrantes. Com pouca adesão à atual realidade económica, a vontade de criação de uma moeda comum é muito mais uma declaração política. Que, num quadro de retoma da globalização, vale a pena considerar.

A tentação da criação de uma moeda única o mais possível transversal à América do Sul é tão antiga quanto é antiga a criação do Mercosul, ou seja, 1991.

O facto de o novo presidente brasileiro Inácio Lula da Silva ter feito regressar ao primeiro plano político a possibilidade de criação de uma moeda comum (paralela às moedas nacionais) com a Argentina obedece a critérios unicamente políticos. É essa a convicção do analista Francisco Seixas da Costa, para quem “Lula quer dar a ideia de uma espécie de salto em frente” que lhe permitirá colocar o seu país no caminho de se “transformar numa potência regional”, disse em declarações ao Jornal Económico. É como se fosse por um lado evidente que do ponto de vista técnico a moeda comum é praticamente uma impossibilidade, mas por outro fica claro que a vontade de a ter implica um compromisso político de criação de um bloco regional, o Mercosul, mais poderoso e mais capaz de dialogar com os pesos-pesados EUA e União Europeia.

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