O Brasil prepara-se para receber um número recorde de observadores internacionais para a corrida à presidência brasileira em outubro, segundo a “Reuters.
O presidente Jair Bolsonaro tem vindo a questionar a eficácia das máquinas eletrónicas de voto, apontando que é possível manipular os votos desta forma, mas sem dar provas sobre sito. Bolsonaro também tem criticado as autoridades eleitorais brasileiras, levantando temos que pode não aceitar a derrota se perder para Lula da Silva.
No mês passado, o governo Bolsonaro tinha rejeitado um convite das autoridades eleitorais brasileiras à União Europeia para enviar observadores pela primeira vez. No entanto, o parlamento do bloco comercial sul-americano Mercosul, conhecido como Parlasur, enviará uma missão formal de observador pela primeira vez, assim como o Carter Center, com sede nos EUA, e a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES).
Também a organização dos Estados Americanos de 34 países enviará mais observadores do que em 2018, quando Bolsonaro foi eleito.
“Ainda não sabemos o tamanho da missão, que dependerá do dinheiro disponível, mas pretendemos torná-la maior”, disse uma fonte que pediu anonimato no fórum hemisférico em Washington. “Em 2018, havia 40 observadores e queremos superar esse número”, garantiu a mesma fonte.
Da parte do chefe do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin explicou que o Brasil está a convidar “de forma inédita, todas as organizações internacionais e centros especializados para atuarem como observadores da nossa eleição”. “Estamos a procurar mais de 100 observadores internacionais durante o processo eleitoral”, disse Edson Fachin.
Em 2018, o Parlasur tinha convidado pelo TSE a enviar representantes para a eleição como convidados estrangeiros. Este ano, enviará pela primeira vez uma missão oficial de observação eleitoral. O responsável pela missão diz vão participar entre 10 e 20 membros.
O Carter Center, pioneiro da observação eleitoral internacional desde a década de 1980, disse que enviará uma missão experimental ao Brasil em junho para estudar a possibilidade de observar a votação de outubro.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa confirmou que enviará observadores eleitorais e a Rede Global de Justiça Eleitoral, uma organização pró-democracia, também foi convidada a fazê-lo.
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