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Breakfast@Católica chega ao fim a debater os impactos da transformação digital em curso

A segunda edição da iniciativa Breakfast@Católica, promovida pela pela UCP, chega agora ao fim ,as a universidade está já a prepar novas iniciativas, com as quais regressará em setembro próximo.
29 Maio 2018, 07h30

A Universidade Católica Portuguesa (UCP) promoveu esta segunda-feira, dia 28, o último encontro do ciclo Breakfast@Católica, do qual o Jornal Económico é Media Partner. Dedicado à temática da Transformação Digital, especificamente à “Tecnologia e o Big Data”, tratou-se de um espaço privilegiado de partilha do posicionamento e know how das empresas convidadas, nomeadamente da EFACEC, representada pelo seu CEO Ângelo Ramalho, e ainda Jorge Reto, Head da Google Cloud Portugal, e Sofia Tenreiro, General Manager da CISCO.

Tendo como pano de fundo a relevância desta temática na definição das estratégias de desenvolvimento do tecido empresarial português que, cada vez mais, tem de conseguir cruzar e analisar um grande volume de dados, foi unânime entre os oradores a premissa de potenciar todas as ferramentas que permitam gerir os dados, assegurando sempre, que a armazenagem da informação “só vale a pena se ficar acessível e puder facilmente ser usada”.

Nesta conversa moderada por Pedro Oliveira, professor da Universidade Católica, ficou igualmente claro que a transformação digital é uma revolução que está me curso e a velocidade a que os cenários mudam exigem estratégias ágeis e céleres.

Particularmente no contexto da Industria 4.0, a Inteligência Artificial (IA) vai ditando as tendências e as ferramentas de data analytics, big data, vão dando lugar a novos modelos de negócio. Para Ângelo Ramalho as mega tendências da atualidade prendem-se essencialmente com descarbonização e descentralização. Apoiadas em novas redes, novas capacidades, o foco está na redução de emissões e na oferta de serviços integrados. A Efacec assume ainda que ainda não integra a Indústria 4.0. mas avança que há muito produz sistemas para empresas que já são, proporcionando-lhes plataformas de gestão dos seus ativos.

Já na perspetiva de uma empresa de raiz digital, com 19 anosl, como é a Google, à luz da sua experiência em cloud, Jorge Reto reforça que, de facto, “armazenar dados só vale a pena se essa informação puder ser usada”. Para tal, salientou os principais benefícios da cloud quem, entre outros, passam por maior capacidade de computação, processos mais acessíveis, numa oferta elástica, com recursos quase ilimitados. “O big data obriga a ter ferramentas para tratar dados estruturados e não estruturados. Os quais, são matéria-prima essencial para o machine learning”, conclui.

Apontando a importância da Internet of Things (IoT) nesta dossier, Sofia Tenreiro frisa o peso fundamental dos sensores, numa realidade cada vez mais monitorizada, na qual também as aplicações (apps) vão fazendo toda a diferença. Em seu entender, como denominador comum às empresas, nesta era da transformação digital, está “a conceção de um bom plano de negócio, sendo que concebe-lo a cinco anos já será muito pois o mais provável é que passados seis meses já esteja desatualizado”, alerta.

De olhos postos num futuro, que é presente, a responsável da Cisco dá ainda nota dos principais impactos desta revolução: ao nível interno, no modelo de negócio, exemplificando com as mudanças na banca, com menos balcões, a lidar com o aparecimento das fintechs, realçando que as empresas “têm de conhecer bem qual é o seu modelo, que operação, que tecnologia e estar à altura de todos os avanços da própria concorrência”. Os impactos estendem-se ainda à forma como trabalhamos, atualmente marcada flexibilidade e mobilidade; e ainda o impacto na experiência, a qual tende a ser cada vez mais personalizada e valorizada pelas pessoas.

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